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Produtores de minhoca podem ser considerados vítimas de barragem

Ministério Público quer que Vale reconheça comunidade vende minhocas na BR-040, como atingidos pelo rompimento da barragem de Brumadinho

Minas Gerais|Clara Mariz, do R7*, com Ezequiel Fagundes e Nalu Saad, da Record TV Minas

Rio Paraopeba foi atingido por lama de Brumadinho
Rio Paraopeba foi atingido por lama de Brumadinho

O Ministério Público de Minas Gerais vai pedir que a Justiça reconheça os produtores de minhoca de comunidades próximas às margens do Rio Paraopeba, como atingidos pelo rompimento da barragem B1, de Brumadinho, na Grande BH.

Isso porque a Vale não considera como afetado pelo rompimento da estrutura, pessoas que vivem em locais que ficam a mais de 1 km de distância da margem do rio. No entanto, de acordo com o promotor André Sperling, a tragédia afetou economicamente uma comunidade localizada há 15 km do leito do rio Paraopeba e que vive do comércio das minhocas, principalmente como isca para pesca.

A venda dos anelídeos é feita em um trecho da rodovia BR-040 que liga Minas Gerais ao Distrito Federal e que é popularmente conhecido como "Shopping das Minhocas".

O MP pretende entrar com uma medida para que o Poder Judiciário reconheça essas pessoas como atingidas e elas passem a receber o pagamento da indenização emergencial.


Contaminação

No início de dezembro, a Vale transferiu para o Igam (Instituto Mineiro de Gestão de Águas) todas as ações de monitoramento dos recursos hídricos e sedimentos ao longo da bacia dos rios Paraopeba e São Francisco.


Até o momento a mineradora já analisou cerca de quatro milhões de análises do água, solo e sedimentos, além de testes de ecotoxidade ao longo do rio com a finalidade de entender as consequências do depósito de rejeitos no curso d’água.

*Estagiária do R7, sob supervisão de Lucas Pavanelli

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