Minas Gerais Professor da Universidade Federal de Viçosa é acusado de agredir alunos 

Professor da Universidade Federal de Viçosa é acusado de agredir alunos 

Segundo testemunhas, docente tentou expulsar à força duas alunas de sala após uma discussão; processo foi instaurado 

Universidade se manifestou em nota sobre o caso

Universidade se manifestou em nota sobre o caso

Divulgação/UFV

Um professor da Universidade Federal de Viçosa, a 230 km de Belo Horizonte, está sendo acusado de praticar assédio moral, lesão corporal e censura contra alunos da instituição. O profissional faz parte do Departamento de Física.

Segundo nota publicada nas redes sociais pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes), no último domingo (31), as agressões teriam acontecido quando um grupo de alunos entrou na sala de aula para convidar os estudantes a participarem das eleições do DCE que acontecem na próxima semana.

Ainda segundo a nota, os alunos, membros da Chapa 2, com nome ‘Sem Tempo Para Ter Medo’, discutiam sobre a conjuntura política quando foram interrompidos pelo professor. O docente teria começado uma discussão com os alunos e, em seguida, teria tentado empurrar, à força, os estudantes da sala de aula. 

Segundo as testemunhas, ao puxar duas alunas para fora da sala de aula, causou marcas nos braços e nos tórax das estudantes. As duas realizaram exame de corpo de delito.

O diretório informou ainda que será aberta uma sindicância e também um processo administrativo para apurar o caso e se manifestou acusando ser “inadmissível que o emprego de violência, seja ela simbólica ou física seja utilizada contra estudantes, sobretudo contra mulheres no espaço universitário.”

A representação estudantil também falou que espera sanções “à altura do ocorrido” por parte da administração da UFV. 

Posicionamento da Instituição

Em nota divulgada nesta terça-feira (2) , a Universidade Federal de Viçosa informou que, assim que teve conhecimento do ocorrido, orientou os estudantes envolvidos a formalizarem uma denúncia perante a USC (Unidade Seccional de Correição). A partir dessa denúncia “será instaurado procedimento correcional destinado à apuração regular e imparcial dos fatos.”

A reitoria da universidade ainda reforçou que “não se omite diante da necessidade de apuração e investigação de quaisquer fatos que, nas dependências dos campi universitários, atentem contra os princípios que regem a gestão pública” e que “repudia qualquer forma de violência, dentro ou fora da instituição.”

A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil para saber se o caso é investigado pelo órgão e aguarda retorno. Também esperamos um posicionamento do professor sobre as acusações. 

*Estagiária sob supervisão de Ana Gomes

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