Professores da rede estadual de MG paralisam por piso nacional
Categoria suspendeu manifestação que estava prevista em frente ao TJMG, que iria avaliar inconstitucionalidade do reajuste
Minas Gerais|Maria Fernanda Ramos*, do R7
![Governo não divulgou nível de adesão ao ato](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/4OKD3PAKKJL4XHQEUE2AQWEZME.jpg?auth=5ce71cb5930ba962b8cbf25513ad3aefcf074c93a750290492f3cd8729db8db2&width=789&height=557)
Professores da rede estadual de ensino de Minas Gerais fizeram uma paralisação nesta quarta-feira (8). A mobilização tem o objetivo de cobrar o reajuste salarial de 15% anunciado pelo Ministério da Educação em janeiro.
A princípio, o Sind-UTE/MG (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais) havia convocado uma mobilização na frente do TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) nesta quarta, no entanto, a ação foi suspensa devido à decisão do TJ de retirar da pauta o julgamento sobre o tema em busca de uma mediação entre o Governo Estadual e o Sindicato. A paralisação das atividades, porém, continua.
A decisão do TJMG foi anunciada após reunião nesta terça-feira (7), mediada pela deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) com o presidente da ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais), deputado Tadeu Leite (MDB), com direção do Sind-UTE/MG.
"O Sind-UTE/MG foi representado, na oportunidade, pela coordenadora-geral Denise Romano e pela diretora estadual Feliciana Saldanha, que relataram os impactos negativos para a vida de mais de 400 mil profissionais da educação da rede estadual, caso a legislação do Piso Salarial da Educação seja declarada inconstitucional, como quer o governo Romeu Zema", relata o Sindicato, em comunicado.
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O Governo de Minas informou que tem mantido diálogo constante com os representantes da Educação, para que as reivindicações possam ser apresentadas e debatidas. Acerca da paralisação, o governo informou que a SEE-MG (Secretaria Estadual de Educação) acompanha a adesão do movimento nas escolas.,
O Executivo Estadual informou, ainda, que cumpre o piso nacional do magistério e que irá continuar respeitando as definições relativas ao piso estabelecidas pela legislação nacional. "Em Minas Gerais, a carga horária dos professores da educação básica do Estado é de 24 horas semanais. Após o reajuste nacional de 2022, chegou-se ao valor de R$ 3.845,61 para uma carga horária de 40 horas semanais", destacou.
"Aplicando-se a proporcionalidade para as 24 horas semanais efetivamente estabelecidas para os profissionais da educação básica de Minas Gerais, o valor do piso nacional para a carga horária de 24 horas semanais passou a ser de R$ 2.307,38. Em Minas, a partir da aplicação da recomposição salarial de 2022 (com reajuste de 10,06%), o vencimento inicial dos professores de educação básica passou a ser de R$ 2.350,49", concluiu.
*Estagiária sob supervisão de Pablo Nascimento