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Projeto quer proibir algemas em presas durante e após parto

Proposta foi aprovada em duas comissões e pode ser votada em plenário na Assembleia de Minas e copia Lei Federal que proíbe a prática desde 2017

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Pesquisa revelou que um terço das detentas grávidas foram algemadas no parto
Pesquisa revelou que um terço das detentas grávidas foram algemadas no parto Pesquisa revelou que um terço das detentas grávidas foram algemadas no parto

Um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa de Minas Gerais quer proibir que presas grávidas sejam algemadas no momento do parto e no pós-parto, quando ela ainda estiver no estabelecimento de saúde.

A proposta, de autoria do deputado Doutor Jean Freire (PT), estabelece que, se houver uma situação que ameace a integridade física da própria detenta ou de outras pessoas, a presa deve ser abordada "mediante meios de contenção não coercitivos", que deve ficar a critério da equipe médica. 

O projeto de lei já recebeu aval de duas comissões (Constituição e Justiça e Defesa dos Direitos da Mulher) e já pode ir a plenário para ser votada em 1º turno. 

De acordo com a deputada, a proposta tem como objetivo "garantir o tratamento digno às apenadas ou internas parturientes no sistema prisional ou no sistema socioeducacional do Estado". 

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A parlamentar também cita o artigo 6º da Constituição Federal, que diz que a proteção à maternidade e à infância são direitos sociais. 

Uma Lei Federal, sancionada em 2017, também legisla sobre o assunto. De acordo com o texto, é "vedado o uso de algemas em mulheres grávidas durante os atos médico-hospitalares preparatórios para a realização do parto e durante o trabalho de parto, bem como em mulheres durante o período de puerpério imediato".

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Realidade

Um estudo realizado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) entre 2012 e 2014 - antes, portanto, da sanção da Lei federal - um terço das mulheres grávidas em todo o país foram obrigadas a usar algemas na internação para o parto. 

A pesquisa também escancarou a falta de acesso ao pré-natal por parte das detentas - o atendimento durante a gravidez foi inadequado para 36% das mães ouvidas pelo estudo. Quinze porcento delas também disseram ter sofrido algum tipo de violência (verbal, psicológica ou física) durante a hospitalização. 

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