Movimentos sociais de Belo Horizonte marcam para este domingo (25) uma manifestação em defesa dafloresta Amazônica. O ato está previsto para acontecer a partir das 10h, na Praça do Papa, no bairro Mangabeiras, na região Centro-sul da capital mineira.
João Cláudio Fontes, coordenador do coletivo Alvorada, um dos grupos que organiza o protesto, explica que a proposta é convidar a população para refletir sobre as consequências ambientais da série de incêndios que atingem a maior floresta tropical do mundo.
De acordo com a organização do evento, 30 políticos, artistas e representantes de Ongs estão apoiando os atos em BH e vão liderar a movimentação. Em uma rede social, quase 1.500 pessoas haviam confirmado presença, até este sábado (24).
— Nosso objetivo é mostrar nossa indignação com a política ambiental adotada pelo Governo Federal.
Leia também
Um levantamento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostra que entre 1º de janeiro deste ano e esta sexta-feira (23), o Brasil teve 78,3 mil focos de queimadas. O número é 84% maior do que o registrado no mesmo período de 2018.
Desse total, a Amazônia tem mais da metade dos pontos de incêndio (52,7%). Em seguida aparece o Cerrado (29,8%), Mata Atlântica (10,6%), Pantanal (3,6%), Caatinga (2,3%) e Pampa (1,1%).
A situação chamou atenção de celebridades e autoridades internacionais e foi tema das discussões do primeiro dia de reunião do G7 – grupo das maiores economias mundiais, formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido – neste sábado (24), na França. Além disso, há previsão de protestos em várias cidades do Brasil durante o fim de semana.
Na última quinta-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) criou um gabinete de crise e determinou que todos os ministros promovam as ações necessárias para controlar os incêndios.