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Queda de viaduto em BH completa 5 anos e famílias lutam por justiça

MP apontou irregularidades no viaduto e denunciou 11 pessoas, entre funcionários da Sudecap e engenheiros das construtoras responsáveis 

Minas Gerais|Matheus Renato Oliveira, do R7*, e Regiane Moreira, da Record TV

Viaduto caiu no dia 3 de julho de 2014
Viaduto caiu no dia 3 de julho de 2014 Viaduto caiu no dia 3 de julho de 2014

A queda do viaduto Batalha dos Guararapes, na avenida Pedro I, na região Norte de Belo Horizonte, completa cinco anos nesta quarta-feira (3). O desabamento da estrutura matou duas pessoas e deixou mais de 20 feridas. Mesmo depois de todo esse tempo, o processo que pode condenar os responsáveis ainda não foi julgado. Resta à família das vítimas continuar lutando por justiça.

Hanna Cristina dos Santos tinha 24 anos e dirigia o ônibus que foi atingido pelo viaduto no dia 3 de julho de 2014. A filha dela, de cinco anos, também estava no coletivo.

Na tragédia também morreu Charles Frederico Moreira do Nascimento, que tinha 25 anos e estava em um carro que foi prensado pela estrutura de concreto. Dois caminhões também ficaram sob os escombros.

O Ministério Público apontou irregularidades no viaduto e denunciou 11 pessoas, entre funcionários da Sudecap (Superintendência de Desenvolvimento da Capital) e engenheiros das construtoras Cowan e Consol, responsáveis pelo projeto e execução da obra.

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Cinco anos já se passaram e, até agora, as famílias não foram indenizadas e nem os responsáveis punidos. O processo judicial foi concluído e aguarda o julgamento.

À Record TV, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que fez um estudo na região que comprovou não existir necessidade de construir um novo viaduto no local. Sobre o processo judicial, a prefeitura disse que um termo de ajustamento de conduta definiu que as empresas Cowan e Consol deveriam devolver aos cofres públicos o valor de R$ 13 milhões gastos com o viaduto e que ainda aguarda decisão da justiça sobre o caso.

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A Cowan ressaltou que não há decisão judicial que aponte a construtora como culpada nem que a obrigue a pagar indenizações às vítimas. Em nota, a empresa afirma que a Prefeitura de BH tem responsabilidade objetiva pela obra e que laudos demonstram que o erro foi da Consol.

Já a Consol explica que, apesar de ser autora do projeto, não foi contratada para acompanhar as obras e que mudanças foram feitas à revelia da empresa. Segundo a construtora, as investigações mostram que até concreto vencido foi usado na obra, deixando a estrutura mais frágil.

* Estagiário do R7, sob supervisão de Lucas Pavanelli

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