Região de Brumadinho abriga aves e mamíferos ameaçados de extinção
Relatório de Impacto Ambiental constatou a presença de 153 espécies de aves, 19 de anfíbios, 14 de mamíferos, quatro de peixes e duas de répteis
Minas Gerais|Alexandre Garcia, do R7, e Tony Chastinet, da Record TV
Devastada pelo rompimento da barragem da Vale na última sexta-feira (25), a região de Brumadinho é habitada por cinco espécies de animais ameaçados de extinção. Entre elas figuram três aves e dois mamíferos.
As informações estão presentes no Rima (Relatório de Impacto Ambiental) apresentado pela Vale em um projeto de continuidade das operações da mineradora na região dos municípios de Brumadinho e Sarzedo, ambos em Minas Gerais.
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Entre as 153 espécies de aves localizadas na região, 27 vivem em um tipo específico de ambiente, 23 têm hábito migratório e três estão ameaçadas de extinção. Destas, o choca-da-mata e o patinho são listadas como vulneráveis e chupa-dente encontra-se em perigo.
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Das 14 espécies de mamíferos presentes na área de Brumadinho, nove apresentam médio porte e outros cinco são de pequeno porte. Presente na lista de ameaçados de extinção, o lobo-guará figura com o maior número de registros na região. "Trata-se de um mamífero de hábitos solidários e que vive em áreas de vegetação aberta", avalia o documento.
A onça-parda é outro mamífero nas listas de ameaçados de extinção do Ministério do Meio Ambiente e de Minas Gerais que vive na localidade.
No caso específico dos mamíferos, o documento afirma que o baixo número de espécies encontradas na região “pode ser explicado pela proximidade de alguns pontos de áreas próximas à mina e pela ausência de solos propícios para a marcação de pegadas e outros vestígios”.
Já entre as quatro espécies de peixes, duas de répteis (lagarto e jararaca) e 19 de anfíbios identificadas na região de Brumadinho, nenhuma encontra-se ameaçada de extinção ou ainda não foi descrita pela ciência.
O Relatório de Impacto Ambiental também destaca para a presença de 520 espécies de flora na região, sendo que nove delas aparecem como ameaçadas de extinção em uma portaria do Ministério do Meio Ambiente publicada em 2014.
Para coletar os dados, foram realizadas visitas ao local para identificar espécies de animais plantas. No caso de alguns animais, o documento aponta que foram também realizadas entrevistas com moradores para saber se as espécies foram vistas por eles.