Sabatina: Fuad Noman propõe mudanças no Anel Rodoviário e transferência de hospitais para o SUS
Candidato à reeleição em Belo Horizonte foi entrevistado na sabatina da RECORD Minas, nesta segunda-feira (21)
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7
O prefeito de Belo Horizonte e candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD) foi o primeiro entrevistado nas sabatinas da RECORD Minas com os dois candidatos ao comando da capital mineira, nesta segunda-feira (21).
Durante a entrevista, Noman avaliou que a melhoria do Anel Rodoviário é um dos principais desafios da próxima gestão. “Todo trânsito de caminhões pesados que vêm do sul e sudeste do Brasil passam por lá para ir para o Norte e outras regiões de Minas Gerais. O Anel Rodoviário virou uma avenida da cidade, com trânsito de estrada e que mata muita gente”, pontuou.
Para solucionar o problema, Noman defende a municipalização do Anel Rodoviário, que hoje é de responsabilidade do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), do Governo Federal.
“O nível de endividamento da prefeitura pode chegar a 120% da receita corrente líquida. Hoje nosso endividamento é de 5,8%. A Caixa Econômica e o Banco do Brasil batem na nossa porta todo dia oferecendo crédito. Se eu tenho capacidade de endividamento e tenho o risco de pessoas morrendo no rodoanel e eu posso assumi-lo, eu fico pensando: será que o dinheiro é mais importante que as vidas? Claro que não.”, avaliou.
O candidato à reeleição afirmou que já tem a proposta engatilhada e aguarda o fim do período eleitoral para continuar com o projeto. Segundo Noman, já há recursos garantidos e projetos prontos para a reforma de dois viadutos.
Ele ainda sugeriu que uma proposta que pode ser avaliada é a intercalação de pistas durante acidentes no Anel. “Pega a divisória do meio e abre o portão. Vai lá, abre o portão, coloca uma pista de descida, o carro passa lá e vai embora. Em vez de ficar seis horas no congestionamento, fica uma hora e meia”, propôs.
Ônibus
Questionado sobre eventual aumento da tarifa de ônibus em 2025, Fuad Noman afirmou que o tema ainda não foi discutido. “Até o fim do ano temos que estudar isso detalhadamente. Espero não precisar mexer na tarifa, mas dependo do orçamento da prefeitura”, afirmou.
Ainda sobre o tema, Noman afirmou que, se reeleito, planeja colocar convocar grupos da sociedade para avaliar a proposta de reformulação do contrato com as empresas de ônibus. O termo atual tem validade até 2028 e o próximo prefeito precisará cuidar do assunto.
Saúde
Perguntado sobre as propostas para a saúde, Fuad Noman afirmou que planeja aumentar o número de médicos e de UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). Além disso, há outras iniciativas na mira. “Estamos marcando uma reunião com a ministra da saúde para pedir recursos para transformar alguns hospitais em 100% SUS (Sistema Único de Saúde), como o Madre Teresa. Já temos uma sinalização positiva, mas claro que isso passa por processos”, comentou o prefeito. O candidato afirmou que também depende da ministra para a liberação de um Hospital do Câncer, que seria uma parceria entre a Faculdade Ciências Médicas e a prefeitura.
Entrevista
Durante a entrevista, Noman também falou sobre propostas para mobilidade, a relação com a Câmara e os governos Federal e Estadual e o formato do secretariado em sua eventual nova gestão.
Fuad Noman disputa o segundo turno em Belo Horizonte com o deputado estadual Bruno Engler (PL). Eles alcançaram 336.442 votos (26,54%) e 435.853 votos (34,38%), respectivamente.