Seguranças suspeitos de matar fisiculturista em boate são presos
Outro suspeito já está preso; caso aconteceu em Belo Horizonte
Minas Gerais|Do R7 com RecordTV Minas

Foram presos, na manhã desta terça-feira (24), dois seguranças suspeitos de matar um fisiculturista, de 25 anos, em uma boate na região oeste de Belo Horizonte, no mês passado. Os seguranças afirmam que Allan Guimarães Pontelo foi abordado porque vendia drogas no banheiro e teria sofrido uma oversdose. Já a família acredita que ele foi espancado.
Os guardas da casa de shows tiveram a prisão decretada pela Justiça e os mandados foram cumpridos nas casas dos suspeitos. Delmir de Araújo Dutra e Carlos Felipe Soares chegaram à delegacia escoltados por policiais civis e preferiram ficar em silêncio.
Dutra e Soares trabalhavam na boate na madrugada do dia dois de setembro. Os seguranças da casa noturna abordaram Pontelo no banheiro. Eles suspeitaram que o rapaz estava com entorpecentes. O fisioculturista foi levado para uma sala e, logo depois, encontrado sem vida. A equipe de segurança entregou à PM 66 comprimidos de ecstasy e dois papelotes de cocaína que estariam com o rapaz. Na época, a defesa alegou que Pontelo teria tido uma parada cardíaca, supostamente motivada pelo uso de drogas. Nesta terça-feira, Ércio Quaresma, advogado de três do quatro investigados pela morte admitiu que o rapaz foi contido com o uso da força e negou a intenção de matar.
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Além de Dutra e Soares, a Justiça também expediu mandado de prisão para outro segurança identificado como Willian da Cruz, mas ele não foi localizado pelos policiais. De acordo com Quaresma, Cruz e Sores participaram da abordagem, mas Dutra, que chefe de segurança no dia, só teria tido contato com Pontelo após a confusão.
O quarto investigado no inquérito é Paulo Henrique Pardin que também já está preso. O suspeito estava armado na boate e participou da abordagem. Pardin não seria funcionário da empresa de segurança e, por isso, não está sendo defendido pelo mesmo advogado.
Laudo
No início deste mês, a Polícia Civil divulgou que o exame toxicológico realizado no corpo de Pontelo detectou a presença de cetamina, que é um anestésico de uso restrito hospitalar, mas é usado em festas como entorpecente. De acordo com a coordenadora da Comissão Assessora de Farmácia Clínica do CRF-MG (Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais), Mariana Gonzaga, a substância não é mais aconselhada na medicina humana e é mais usada em animais. Segundo ela, a cetamina pode causar alucinações e sensação de desprendimento do corpo.
Os exames também analisaram a presença de drogas ilícitas e bebida alcoólica, mas o resultado deu negativo para ambos.
