Sérgio Moro defende permanência do Coaf no Ministério da Justiça
Ministro cumpre agenda em Belo Horizonte nesta sexta-feira (26) e participou de palestra em um hotel ao lado do governador de Minas, Romeu Zema
Minas Gerais|Ezequiel Fagundes, da Record TV Minas
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, defendeu nesta sexta-feira (26) a permanência do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) junto à estrutura de sua pasta. Moro cumpre agenda em Belo Horizonte e participou de um evento ao lado do governador Romeu Zema (Novo).
"Algo importante é o Coaf. Ele estava no Ministério da Fazenda. Minha opinião é que o ministro da Fazenda, ministro da Economia tem tantas coisas para se preocupar, como a taxa de juros, crescimento da economia, nova Previdência. São todas pautas importantíssimas. Enquanto o Coaf, nossa unidade de inteligência financeira de prevenção a lavagem de dinheiro, tem uma relação muito grande com o trabalho no âmbito da segurança pública", afirmou.
Segundo Moro, o órgão é fundamental para combater organizações criminosas que fazem uso de lavagem de dinheiro.
- Não se combate hoje eficazmente organizações criminosas se não tiver foco em lavagem de dinheiro. Não adianta só prender os membros das organizações criminosas é preciso retirar os recursos que eles dispõem para refinanciar a atividade criminosa. Nós estamos fortalecendo o Coaf, aumentando o número de pessoas
O ministro, no entanto, deixou claro que a decisão final será dos parlamentares.
- A decisão evidentemente é do Congresso. O presidente é aberto a decisão que será tomada no Congresso. Igualmente, também estou aberto a qualquer decisão do Congresso, o que não me impede de buscar convencer os parlamentares de que o melhor para o Coaf é atualmente onde ele se encontra", afirmou.
Questionado se pediu para que o órgão fosse submetido à estrutura do Ministério da Justiça, Moro declarou:
"Isso acabou virando uma lenda urbana. No fundo nunca pedi, mas me foi oferecido e entendi que era oportuno. Tendo vindo, acho muito oportuno que fique".
Ontem, durante café com jornalistas, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse não se opor a uma eventual retirada do Coaf do Ministério da Justiça.