Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

TJMG derruba decisão de juiz e aceita ação contra Pimentel no caso dos voos e da babá

Com a decisão, o político se torna réu em processo de improbidade administrativa, aberto com base em uma reportagem do R7

Minas Gerais|Ezequiel Fagundes, da Record TV Minas


Defesa alega que decreto do estado autoriza voos
Defesa alega que decreto do estado autoriza voos

O TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) aceitou a ação de improbidade administrativa contra o ex-governador Fernando Pimentel (PT) por uso de aeronaves do estado para viagens particulares, além da utilização de uma servidora pública, que teria trabalhado como babá da filha do político. Com a decisão, o petista se torna réu.

O processo ganhou seguimento após o TJMG aceitar recurso do MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) e derrubar o arquivamento em primeira instância. Por unanimidade, três magistrados da 7ª Câmara Cível, do TJMG, acolheram a apelação do órgão.

Compartilhe esta notícia no WhatsApp

• Compartilhe esta notícia no Telegram

Publicidade

As viagens de Pimentel foram investigadas com base em uma reportagem do R7divulgada em fevereiro de 2019, com informações obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação.

Em junho de 2022, o juiz Rogério Santos Araujo Abreu, da 5ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte, determinou o arquivamento da ação e alegou tratar-se de ato imoral, mas que estava dentro da legalidade. Um decreto estadual, de 2005, autoriza o governador a utilizar as aeronaves do estado em qualquer deslocamento, por questões de segurança.

Publicidade

Leia também

Relator do recurso do Ministério Público, o desembargador Wilson Benevides argumentou que o colega de primeira instância "baralha conceitos de ilicitude objetiva e subjetiva, concluindo, equivocadamente, pela vivência de mera situação de desfrute — ainda que de duvidosa moralidade — das benesses inerentes ao cargo então ocupado pelo réu, de Governador de Estado".

Segundo a ação do MPMG, os prejuízos causados ao estado foram de R$ 208.371,43. Destes, R$ 123.764,95 foram causados com a utilização indevida das aeronaves, e R$ 84.606,48, com a babá, uma servidora MGS (Minas Gerais Participações S.A.). A ação cita viagens para Maceió, em Alagoas, Mangaratiba, no Rio de Janeiro, e Santo Antônio do Leite, distrito de Ouro Preto, sendo todos os voos "para fins exclusivamente privados".

Publicidade

Resposta

Procurado pela reportagem, o advogado do ex-governador Fernando Pimentel, Rômulo Ferraz, afirmou que já recorreu da decisão. "Nesse caso, inicialmente, o juiz da 5ª Vara da Fazenda Estadual não recebeu a ação do MP, entendendo que os atos questionados estavam respaldados por regulamentação própria do estado. O MP recorreu, e o TJ entendeu que no caso concreto tem que haver instrução, produção de provas. Assim, determinou que a ação seja processada. Nós apresentamos embargos declaratórios em face da decisão, os quais estão conclusos para julgamento", declarou.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.