O MPT (Ministério Público do Trabalho) confirmou, nesta quinta-feira (28), o resgate de 29 trabalhadores em condições análogas à escravidão em Minas Gerais. Foram 15 vítimas de trabalho escravo encontradas em carvoarias na cidade de Pirapora, a 340 km de Belo Horizonte, outros 11 libertados de uma fábrica de cerâmica em Curvelo, a 169 km da capital mineira e mais três em Inhaúma, a 90 km de BH. Entre essas 27 pessoas, estão dois menores de idade. Todos eles terão direito a três parcelas do seguro-desemprego, e o MPT vai destinar cerca de meio milhão de reais para o pagamento de verbas rescisórias.Recorde A Operação Resgate foi realizada em conjunto com os Ministérios Público Federal e da Economia, e também contou com a participação da Polícia Federal e da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho. A ação é considerada a maior operação de combate ao trabalho escravo da história do Brasil e, no total, quase 500 vítimas foram libertadas em todo o país.Veja: Trabalhador mantido como escravo foge de fazenda no sul de Minas O subsecretário de Inspeção do Trabalho do Ministério da Economia, Rômulo Machado, afirma que o trabalho análogo à escravo pode surgir em qualquer tipo de atividade. Ele acredita que o combate a esse crime tem sido bem sucedido no país. — A repressão deste terrível crime tem tido avanços. Precisamos agir cada vez mais estrategicamente para eliminar essa que é a pior forma de trabalho do nosso país. Minas foi o segundo Estado com maior número de trabalhadores libertados nesta operação, ficando atrás apenas de Goiás, com 36 resgatados.*Estagiário do R7 sob a supervisão de Flavia Martins y Miguel