Os frascos contêm vírus-sementes que serão utilizados para produzir vacinas contra a varíola dos macacos
Reprodução/ TV UFMGA Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) recebeu, nesta segunda-feira (05), dois frascos de vírus-sementes que irão ser utilizados para o desenvolvimento de uma vacina brasileira contra o vírus da varíola do macaco, também conhecida como MonkeyPox.
Nos frascos, estão presentes amostras dos vírus Vaccínia Ankara Modificado (MVA), que após serem atenuados - quando o vírus perde a capacidade de se replicar no corpo humano- podem ser a matéria prima principal da vacina. Com a chegada desse material, que também é chamado de sementes pelos pesquisadores, a previsão é que o Brasil seja capaz de fabricar em grandes quantidades o imunizante em no máximo seis meses.
A remessa veio dos Estados Unidos, doada pela National Institutes of Health (NIH), agência de pesquisa médica norte-americana, e foi recebida pelo CTVacinas da UFMG que fará ensaios para definir os parâmetros para a produção de vacinas contra o vírus da varíola do macaco. Após essa etapa, a fabricação dos imunizantes será feita pela Bio-Manguinhos, unidade produtora de imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Na década de 70, a varíola foi erradicada no mundo por meio da vacinação, e o MVA foi um dos vírus utilizados na produção de vacinas contra a doença. O Brasil chegou a produzir o imunizante, no entanto, não havia nenhum estoque da vacina contra a varíola para que pudesse ser replicada. Por isso, foi necessária a importação dos lotes de sementes.
* Estagiária sob supervisão de Bruno Menezes