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UFMG vai participar de testes para vacina chinesa contra coronavírus

Vacina teve resultados satisfatórios em animais e, agora, será testada em humanos; 9 mil voluntários de 5 Estados e DF vão participar dos testes

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Vacina será testada em humanos no Brasil
Vacina será testada em humanos no Brasil

A UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) é uma das 12 instituições selecionadas para participar do desenvolvimento de testes em humanos da CoronaVac, uma vacina desenvolvida por uma empresa chinesa contra o novo coronavírus. 

O professor Mauro Martins Teixeira, coordenador do CDPF (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos), do Instituto de Ciências Biológicas está a frente da pesquisa na UFMG. A coordenação da pesquisa clínica no território brasileiro fica a cargo do Instituto Butantan, de São Paulo.

Anvisa autoriza testes clínicos com vacina para covid-19 no Brasil

A fase de testagem em humanos, conhecida como fase 3, é a útima antes da aprovação de uma vacina. Caso ela seja aprovada nesta etapa, precisa ser registrada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e distribuída gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em todo o Brasil. 


As doses serão fornecidas pela biofarmacêutica chinesa Sinovac Biotech e os testes clínicos tem objetivo de demonstrar sua eficácia e segurança. 

O acordo foi anunciado pelo governador de São Paulo, João Dória, que anunciou que o acordo com a Sinovac prevê a transferência de tecnologia para a produção da vacina em escala industrial pelo Instituto Butantan. A capacidade de produção da entidade é de 100 milhões de unidades da vacina.


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Testes

A previsão é que os testes comecem já neste mês, mas somente após aprovações da própria Anvisa e do Conep (Comissão Nacional de Ética). Nove mil pessoas devem se tornar voluntárias para participar da fase 3 desse projeto. Elas são de cinco Estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná,) e do Distrito Federal.


De acordo com o professor Mauro Martins Teixeira, a vacina da Sinovac Biotech usa tecnologia já conhecida, que envolve o vírus purificado e inativado (morto). Esse método é adotado em vacinas contra a gripe comum, poliomielite, difteria e tétano, hepatite A e B, meningocócicas e pneumocócicas conjugadas, dentre outras. Isso pode facilitar o processo de aprovação nos órgãos competentes, segundo o pesquisador. 

Estudos

Os estudos pré-clínicos e clínicos das fases 1 e 2 tiveram resultados favoráveis. Um artigo publicado na revista Science, uma das mais prestigiadas no mundo mostrou que a vacina induziu a produção de anticorpos neutralizantes específicos para SARS-CoV-2 em camundongos, ratos e primatas não humanos. A Sinovac Biotech também já realizou testes em cerca de mil voluntários chineses nas fases 1 e 2 de testes.

Parceiros

Além da UFMG, outras 11 instituições foram escolhidas como parceiras do Instituto Butantan nessa fase da pesquisa:

- Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (São Paulo)

- Instituto de Infectologia Emílio Ribas (São Paulo)

- Hospital Israelita Albert Einstein (São Paulo)

- Universidade Municipal de São Caetano do Sul (São Paulo)

- Hospital das Clínicas da Unicamp (São Paulo)

- Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (São Paulo)

- Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto (São Paulo)

- Universidade de Brasília (Distrito Federal)

- Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (Rio de Janeiro)

- Hospital São Lucas da PUC do Rio Grande do Sul (Rio Grande do Sul) 

- Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná (Paraná)

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