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Único laboratório para terapias de doenças raras do Brasil será construído na UFMG

Expectativa da administração é que o laboratório inicie as atividades no fim de 2023 e, futuramente, seja usado pelo SUS

Minas Gerais|Maria Fernanda Ramos*, do R7

A Finep Inovação e a Fapemig investirão R$2 milhões na construção
A Finep Inovação e a Fapemig investirão R$2 milhões na construção Catherine Yeulet/Getty Images/iStockphoto

O único laboratório para produção de medicamentos para doenças raras do Brasil será construído no Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

O espaço produzirá medicamentos feitos por terapia genética destinados ao tratamento de doenças raras, como a Síndrome de Dravet, uma doença progressiva e incapacitante, resistente a tratamento. A enfermidade não tem cura e, com um possível medicamento, pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Segundo a UFMG, o SUS (Sistema Único de Saúde) não dispõe de terapia específica para doenças tão raras como essa, a não ser um conjunto de remédios formulados para outros tratamentos. A expectativa da universidade é que, quando concluído e posto em atividade, o laboratório possa ser utilizado para a saúde pública brasileira. 

A Finep Inovação e Pesquisa, vinculada ao Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação, investirá R$2 milhões no laboratório, assim como a Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais), que investirá o mesmo valor. 


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O projeto do laboratório propõe uma plataforma biotecnológica baseada no uso da tecnologia de CRISPR-Cas9 e funcionará junto ao centro de produção de vetores virais para tecnologia de CRISPR-Cas9 do ICB. O local é coordenado pelo professor Antônio Oliveira, do Departamento de Farmacologia do ICB, segundo a UFMG.

A construção do laboratório, segundo o subcoordenador Vinícius Toledo Ribas, professor do Departamento de Morfologia do ICB, trará diversos benefícios para a saúde pública. “Além da produção de terapias que têm altos impactos para a saúde pública e para a sociedade, incluindo elevados custos para o SUS [atualmente, as terapias para doenças como a Síndrome de Dravet precisam ser importadas], a plataforma deve funcionar como celeiro para formação de recursos humanos nessa área específica”, conta.


A previsão para início das atividades no local, segundo o ICB, é para até o fim de 2023, em 2024, a administração espera já ter resultados.

*Estagiária sob supervisão de Pablo Nascimento

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