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Universidades vão ajudar na recuperação da bacia do Rio Doce

Quinze projetos foram selecionados para receber R$ 5,6 milhões; escolha ocorreu por meio de edital e faz parte de um Acordo de Cooperação Técnica

Minas Gerais|Agência Brasil

Barragem de Fundão, em Mariana, se rompeu em 5 de dezembro de 2015
Barragem de Fundão, em Mariana, se rompeu em 5 de dezembro de 2015

Universidades de Minas Gerais e do Espírito Santo vão participar de pesquisas para identificar formas de recuperação das áreas da bacia do Rio Doce, impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em 5 de novembro de 2015. A intenção dos estudos é monitorar e gerar soluções inovadoras para as ações de reparação.

Os 15 projetos selecionados, entre as 40 propostas recebidas, foram divulgados pela Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais), que desenvolve o trabalho em parceria com a Fundação Renova e a Fapes (Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo). No total, as propostas receberão R$ 5,6 milhões de apoio aos projetos de pesquisa que têm duração de até dois anos.

Veja mais: Volta da Samarco vai render R$ 2 milhões mensais para Mariana (MG)

Há projetos voltados para o desenvolvimento sustentável como o da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto), que propõe a utilização do rejeito de barragem de minério para fabricação artesanal de tijolos que serão usados na construção de moradias.


Já a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) vai desenvolver o projeto de uso do rejeito sedimentado da bacia do Rio Doce no desenvolvimento de componentes para a construção civil.

Para a educação e a cultura, a UFV (Universidade Federal de Viçosa) propõe a implantação de uma rede de conhecimento e cooperação entre pesquisadores, alunos e moradores da bacia do Rio Doce. Na área ambiental, da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo) pretende desenvolver meios para o monitoramento do ecossistema em áreas com influência da foz.


Na visão do líder das ações de Economia e Inovação da Fundação Renova, Paulo Rocha, é importante apoiar o desenvolvimento de pesquisas que tragam soluções conjuntas para os problemas enfrentados no processo de reparação na bacia.

— Existe uma fronteira do conhecimento em vários temas e áreas em que a pesquisa científica é fundamental na busca por soluções. Entendemos que essa chamada vai nos dar a oportunidade de encontrar respostas que, seguramente, contribuirão para esse processo.


A escolha dos projetos ocorreu por meio de um edital e faz parte de um Acordo de Cooperação Técnica, celebrado em maio de 2017. Nele, estão previstas as parcerias entre as instituições para o fomento e financiamento de estudos com foco na recuperação das áreas impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão.

A Fundação Renova foi criada em março de 2016 com a assinatura do TTAC (Termo de Transação e Ajustamento de Conduta) entre a Samarco, empresa responsável pela barragem, suas acionistas, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de autarquias, fundações e institutos ligados ao meio ambiente.

O objetivo da Renova é gerir e executar, com autonomia técnica, administrativa e financeira, os programas e ações de reparação e compensação socioeconômica e socioambiental para recuperar, remediar e reparar os impactos causados pelo rompimento da Barragem de Fundão.

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