Veja o que se sabe sobre policial reformado que foi assassinado em Belo Horizonte
Vítima foi encontrada com sinais de violência pelo corpo; suspeito, de 30 anos, foi localizado pela Polícia
Minas Gerais|Túlio Lopes, do R7 Minas
Um vigilante foi encontrado morto dentro de uma guarita no bairro Santa Lúcia, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, durante a madrugada desta quinta-feira (11). Segundo a Polícia Militar, o corpo foi encontrado com sinais de violência.
A vítima foi identificada como Wellington Almeida. Ele era policial reformado e trabalhava no local há cerca de 10 anos, sempre no período da noite.
De acordo com a Polícia, a vítima estava sentada em uma cadeira de plástico, com afundamento no crânio, sangramento no rosto e sem sinais vitais. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou a morte ainda no local.
Wellington fazia a segurança dos imóveis na região e era pago pelos moradores do local. Segundo a Polícia Militar, o vigilante foi assassinado no final da madrugada, com um golpe na cabeça. O objeto utilizado no crime ainda não foi identificado.
A perícia da Polícia Civil recolheu dois celulares da vítima e pedaços de madeira encontrados próximos ao corpo. Uma motocicleta da vítima, estacionada em frente ao prédio, foi liberada para os familiares.
Suspeito
O homem foi preso no início da tarde desta quinta-feira (11). Daniel Freire Ferreira, de 30 anos, já conhecido pela polícia por crimes de furtos e roubos, foi localizado em um barraco na ocupação Vila Carrapato, no Morro do Papagaio.
Em nota, a Polícia Civil informou que o suspeito foi localizado por policiais militares e será ouvido na 2ª Central Estadual do Plantão Digital. Ainda segundo a Polícia, “Tão logo o procedimento de polícia judiciária seja finalizado, outras informações serão repassadas”.
O suspeito tem passagens pela polícia e é usuário de drogas, confessou ter matado a vítima por vingança e que roubou a arma para quitar uma dívida com traficantes.
Desavença
Segundo o autor, a motivação foi vingança por uma desavença anterior com o vigilante. Segundo a PM, o suspeito disse que passou pela rua e viu o vigia dormindo sentado na cadeira, e resolveu matá-lo. O homem relatou ter dado uma paulada na cabeça da vítima e, em seguida, roubou a arma da vítima. O objetivo seria vender a arma por R$ 2.500 para quitar dívidas com traficantes.
O crime
Câmeras de segurança registraram o momento em que o suspeito passou pela rua com um cobertor sobre a cabeça e um pedaço de pau em uma das mãos, seguindo em direção à guarita.
As imagens ajudaram os militares a rastrear o autor. Após denúncias anônimas, Daniel foi encontrado escondido em um barracão, num beco sem saída. Inicialmente, ele negou o crime, mas depois admitiu a autoria e disse estar arrependido.
Ainda de acordo com a PM, a arma foi recuperada em um lote vago, escondida em meio a entulhos, com o carregador, mas sem munição. A pistola era de propriedade da vítima e estava devidamente registrada.
Quem era a vítima
A vítima era policial militar reformado e trabalhava há anos como vigilante na região, onde era conhecido pelos moradores. O caso foi registrado como homicídio qualificado e roubo, e Daniel foi encaminhado à delegacia de plantão.
Um amigo da vítima disse que está indignado com a situação. Ele conta que o homem era trabalhador, pai de três filhos, e alegre. Familiares e amigos estão em choque com a brutalidade do crime e pedem por justiça.
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