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Vítima de acidente com ônibus em MG estava construindo casa para voltar a morar na Bahia

Tiburtino Ribeiro Dias estava a caminho da Bahia para as festas de fim de ano; o encanador morava há quase 40 anos em São Paulo

Minas Gerais|Lucas Eugênio e Vinícius Araújo, da RECORD MINAS

Tiburtino Ribeiro Dias morava há quase 40 anos em São Paulo
Tiburtino Ribeiro Dias morava há quase 40 anos em São Paulo Reprodução/RECORD MINAS

Tiburtino Ribeiro Dias, uma das 41 vítimas do acidente com ônibus em Teófilo Otoni, a 450 km de Belo Horizonte, estava a caminho da Bahia para as festas de fim de ano. O encanador morava há quase 40 anos em São Paulo, de onde partiu a viagem. A esposa e os filhos não viajavam com ele.

Alípio Ribeiro Dias, irmão de Tiburtino, conta que o encanador planejava voltar a morar em Anagé, na Bahia, onde estava construindo uma casa para viver com a família.

“Era o sonho da vida dele. A vida dele tá naquela casa. A mulher e os filhos dele moram em São Paulo, mas gostam demais do estado da Bahia. Ele me falou que iria embora no ano que vem. Ele queria acabar a casa até o meio do ano”, detalha Alípio.

Os familiares também estavam a caminho da cidade, mas precisaram interromper a viagem para liberar o corpo de Tiburtino no IML (Instituto Médico-Legal) de Belo Horizonte.


Alípio lembra emocionado da relação com o irmão. “A família sempre foi muito unida. Somos sete irmãos, muito unidos. Nem sei o que falar do meu irmão”, explica.

Investigação

O acidente foi o maior em rodovias federais desde 2008. De acordo com o Governo de Minas, a principal linha de investigação seguida pela polícia é a de que o bloco de granito transportado pelo caminhão tenha se desprendido da carroceria e atingido o ônibus, causando o incêndio.


No entanto, há uma outra possível versão da dinâmica do acidente. Segundo testemunhas, o pneu do ônibus teria estourado, o veículo batido na carreta e incendiado.

O motorista da carreta continua foragido da polícia. Segundo a Polícia Civil, o homem está com a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) suspensa desde 2022. O condutor teve o documento apreendido em uma blitz da Lei Seca, depois que ele se recusou a fazer o teste do bafômetro.


De acordo com o porta-voz da Polícia Civil, delegado Saulo Castro, “a partir do levantamento das notas fiscais, foi possível verificar, de uma maneira preliminar, que houve um excesso de peso no transporte. Ou seja, já haveria um indicativo de responsabilidade por parte do condutor”.

Liberação dos corpos

Os corpos de seis vítimas do acidente já foram liberados pelo IML (Instituto Médico-Legal) na capital mineira. Três pessoas continuam internadas em um hospital de Teófilo Otoni, sem risco de vida.

O Governo de Minas montou uma estrutura na Acadepol (Academia de Polícia Civil de Minas Gerais) para receber as famílias, para entrega de documentação e coleta do material que será utilizado na identificação.


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