A zebra Mila, que vivia no zoológico de Belo Horizonte, morreu neste domingo (24) devido a um quadro agudo de cólica intestinal. Segundo a Fundação Zoobotânica, o animal começou a passar mal na última quinta-feira (21). Mila recebeu tratamento, mas não resistiu. A Fundação de Parques informou que a cólica é uma patologia frequente nos equídeos, caracterizada por um quadro de dor intensa e diversas alterações no aparelho digestivo. A necropsia do animal já foi realizada, mas o resultado ainda não divulgado. Mila, da espécie Burchell, estava com 19 anos. Ela chegou ao zoológico de BH em maio de 2006, com 3 anos, vinda de um zoológico de Brasília. A espécie é encontrada nas savanas abertas de todo o sudeste da África. Na natureza, os indivíduos vivem em média 15 anos, pois o crescimento populacional e a longevidade média são mais afetados pela predação. Segundo informações da Fundação de Parques, essa espécie desempenha um papel importante na estabilidade e dinâmica das pastagens onde vive. Durante a pastagem, as zebras cortam a vegetação permitindo novo crescimento e folhas mais nutritivas para os outros animais. Assim, elas são importantes na manutenção da imensa diversidade de fauna do pastoreio. De todos os equídeos selvagens, as zebras de Burchell são as únicas que não se encontram ameaçadas de extinção, apesar da constante perda de habitat e da caça ilegal, que são os principais impactos enfrentados pelo grupo atualmente.* Estagiário sob supervisão de Pablo Nascimento