Zema diz que foi mal interpretado por declaração sobre pessoas que recebem auxílio emergencial
Político foi criticado ao dizer que Sul e Sudeste têm proporção maior de 'pessoas trabalhando do que vivendo de auxílio'
Minas Gerais|Vinícius Rangel, da Record TV Minas, com Agência Estado
Um dia após fazer declarações sobre o auxílio emergencial e ser alvo de críticas, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), rebateu os comentários e avaliou ter sido mal interpretado.
A resposta do político veio na manhã deste sábado (3), ao abrir o segundo e último dia do 8º Encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), o mesmo evento em que fez o polêmico pronunciamento. A reunião acontece em Belo Horizonte.
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Segundo o chefe do Executivo mineiro, a fala não teve o intuito de desmerecer. Como exemplo, o mandatário citou uma visita que fez ao norte de Minas, onde encontrou uma mulher que recebia o auxílio e ficou mais independente quando conseguiu um emprego.
Declaração
Romeu Zema chegou aos assuntos mais comentados do Twitter nesta sexta-feira (2) em razão das declarações sobre o recebimento de auxílio emergencial.
"No Sul e no Sudeste, temos uma semelhança enorme. Se há estados que podem contribuir para este país dar certo, eu diria que são estes sete estados aqui. São estados onde, diferentemente da grande maioria, há uma proporção muito maior de pessoas trabalhando do que vivendo de auxílio emergencial", disse o governador.
Nas redes sociais, internautas afirmaram que o discurso do governador teria sido xenofóbico. A fala de Zema foi feita após uma crítica ao fórum dos governadores das 27 unidades da Federação. Ele disse que o grupo é muito heterogêneo. Depois da referência à quantidade de pessoas que "viveriam" de auxílio emergencial, Zema afirmou que "boa parte da solução do nosso país está nesses estados (do Sul e Sudeste)". Não há estatística oficial sobre as afirmações de Zema.
O auxílio emergencial foi um benefício social pago pelo governo Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia de Covid-19, no valor de R$ 600. De outubro de 2021 até o fim de 2022, ele foi mantido com o nome de Auxílio Brasil, mas com regras mais rígidas. No governo Luiz Inácio Lula da Silva, o programa voltou a se chamar Bolsa Família.
Já neste sábado (3), Zema defendeu a necessidade do programa em "momento de urgência" e avaliou que "urge" a necessidade de trabalho que garanta "dignidade e autonomia" à população.