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Brasileira vítima de golpe no Camboja será julgada nesta quinta-feira (22)

A arquiteta mineira Daniela Marys de Oliveira, de 35 anos, será julgada nesta quinta-feira, no Camboja, pelo crime de tráfico de drogas...

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(TV Correio/Reprodução)

A arquiteta mineira Daniela Marys de Oliveira, de 35 anos, será julgada nesta quinta-feira, no Camboja, pelo crime de tráfico de drogas. De acordo com as leis do país, se condenada, ela pode ser condenada a até 20 anos de prisão.

Daniela vivia em João Pessoa até o início deste ano, mas partiu para o país do sudoeste asiático após receber uma proposta para trabalhar na função de telemarketing com tradução. Ao chegar no país, ficou cerca de um mês confinada e com o passaporte retido.

Em março, após retornar de um treinamento, Daniela foi presa acusada de tráfico de drogas. Criminosos enviaram mensagens, se passando por ela, afirmando que ela precisaria pagar uma multa para sair do país – a irmã de Daniela, Lorena, afirmou que a família chegou a depositar R$ 27 mil, mas não sabe quem recebeu os valores.

A família acredita que a prisão de Daniela por tráfico de drogas foi uma armação por se recusar a aplicar golpes contra brasileiros.

“Ela começou a brigar e a lutar muito, querendo ir embora, falando que não foi pra isso que foi contratada. Nesse complexo onde ela trabalhava, em um outro andar, no que ela foi pro quarto dela, já tinha a polícia aguardando. Ela questionou o que havia acontecido. Eles tinham colocado três pílulas nas coisas dela e ela foi presa nesse momento”, disse Lorena, em entrevista a RECORD.

Segundo os familiares, ela está detida em uma penitenciária feminina, em condições insalubres, e que precisa pagar por água e comida dentro da cela.

Indícios de tráfico humano

Cintia Meirelles, diretora da ONG The Exodus Road Brasil, afirma que há indícios de que Daniela foi vítima de tráfico humano.

“Quando você é levado para essa região, tem o passaporte retirado, colocado para trabalhar em jornadas exaustivas, geralmente é para prática de golpes online. Segundo a Interpol, essa movimentação gira em torno de US$ 3 trilhões por ano e há uma estimativa de que existam 300 mil imigrantes nesses complexos de golpe”, disse.

Itamaraty acompanha caso

O Ministério das Relações Exteriores afirmou, em nota, que tem conhecimento do caso por intermédio da Embaixada do Brasil em Bangkok (Tailândia) e que vem atuando junto ao governo cambojano para prestar assistência consular cabível à brasileira.

O Itamaraty também explicou que tem emitido notas à imprensa sobre aliciamento de pessoas para o Sudeste Asiático, buscando aumentar a conscientização sobre o tema e evitar casos como o de Daniela.

Quem é Daniela?

Formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Daniela se apresenta nas redes sociais como arquiteta, com experiências no setor imobiliário em João Pessoa e em Dubai (Emirados Árabes Unidos) e também atuava em consultorias para auxiliar pessoas a traçarem metas pessoais.

Ela já tinha tido outra experiência de vida no exterior: em meados de 2019, morou por um período em San Diego (EUA) para aprimorar o inglês.

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