Apresentação do goleiro Bruno em time de Minas Gerais é adiada
O clube ainda não recebeu comunicado da Justiça liberando a viagem de Bruno de Varginha a Poços de Caldas
Folha de Pernambuco|Do R7
A apresentação do goleiro Bruno Fernandes, 34, no Poços de Caldas FC, prevista para acontecer nesta quarta-feira (25), foi adiada. O clube ainda não recebeu comunicado da Justiça liberando a viagem de Bruno de Varginha a Poços de Caldas. A informação foi confirmada à reportagem pelo próprio clube. As duas cidades ficam a 153 km de distância. A apresentação ainda não tem nova data, mas a previsão é que aconteça dia 6 de outubro -data planejada para a estreia de Bruno na equipe. Nesse dia, o Poços de Caldas tem um amistoso marcado com o União Mogi, de Mogi das Cruzes (SP). A equipe mineira disputa atualmente a terceira divisão em Minas Gerais, que só começa em 2020.
O contrato de Bruno com o time foi assinado no final de agosto. O ex-goleiro cumpre pena de 20 anos e nove meses pelo assassinato da ex-namorada Eliza Samudio, ocorrido em 2010. A pena inicial de Bruno era de 22 anos e três meses, mas foi reduzida pela prescrição do crime de ocultação de cadáver. Em setembro de 2017, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais validou a certidão de óbito de Eliza. O corpo dela nunca foi encontrado.
Em julho, Bruno conseguiu voltar ao regime semiaberto, que autoriza que se possa trabalhar durante o dia. O ex-atleta do Flamengo já havia conseguido a progressão de regime em fevereiro de 2017, mas voltou ao regime fechado após ser filmado pela TV Alterosa (afiliada do SBT em Minas) tomando cerveja em horário em que deveria estar trabalhando. Pelas regras, ele tem que estar em casa entre 20h e 6h, não pode sair em domingos e feriados e deve se apresentar ao juízo todo dia 10 de cada mês. Também não pode frequentar bares e boates e estará sujeito à fiscalização da Polícia Militar e de agentes penitenciários.
Morando em Varginha (MG), onde cumpre pena, a 311 km de Belo Horizonte, Bruno tem treinado em uma academia da cidade e em um espaço no Campo do Bonsucesso, locado pelo Poços de Caldas. A reportagem tentou contato com a advogada de Bruno e com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, mas não obteve retorno até a data desta publicação.
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