Parceria é feita entre costureiras e Prefeitura de Jaboatão para doação de máscaras
As 21 costureiras envolvidas querem fazer cinco mil máscaras por mês e doá-las a comerciantes, taxistas, motoristas e cobradores de ônibus do município
Folha de Pernambuco|Do R7
Em meio ao caos do coronavírus o trabalho em comum, em prol do próximo, se faz presente em alguns lugares, como um cano de escape sob essa situação. Uma parceria entre a Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes e as costureiras do município foi firmada para a produção de máscaras de tecido. Inicialmente, a mão de obra das 21 costureiras, tem a expectativa de produzir cinco mil unidades por mês, elas serão doadas a comerciantes de mercados públicos do município, taxistas, motoristas e cobradores de ônibus.
As costureiras trabalharão de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, no Espaço Mulher Empreendedora que será instalado pela gestão municipal juntamente com o maquinário além da disponibilização dos materiais, em esquema de revezamento nos horários para evitar aglomerações. As que fazem parte do grupo de risco cumpriram o isolamento social e trabalharão de casa.
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"Todas compreenderam a situação que estamos vivendo. Estão aqui para doar parte do seu tempo e prestar solidariedade às demais pessoas", disse em nota o prefeito, Anderson Ferreira. Na mensagem ele ainda agradeceu a participação de todas e reforçou que a população precisa se unir para enfrentar a pandemia.
Antes apenas cozinheira, e agora também costureira, Luciana Maria concluiu o curso de Corte e Costura, no mês de fevereiro, promovido no Espaço Mulher Empreendedora. Agora Luciana se tornou uma das voluntárias da ação. "Cheguei aqui sem saber costurar. Quero agora poder retribuir o que aprendi. Estou fazendo essas máscaras que serão importantes para proteger quem tem que sair de casa para trabalhar", ressaltou a costureira.
Um dos beneficiados com a ação o comerciante do Mercado das Mangueiras, José Nilton, recebeu uma das máscaras produzidas pelas costureiras. "Essa doação de máscaras chega em boa hora. Até porque a renda diminuiu e ficou difícil comprar", desabafou o feirante. Ele ainda disse que no dia a dia do trabalho no mercado convive com muita gente, portanto acha necessária essa proteção.