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Sobrecarregado, calendário do futebol brasileiro é questionado

Quando as competições voltarem, para jogar as rodadas que faltam, será necessário modificar o calendário, que pode ser prorrogado até 2021, ou reduzir o número de partidas para poder conclui-lo este ano

Folha de Pernambuco|Do R7

Quando as competições voltarem, para jogar as rodadas que faltam, será necessário modificar o calendário, que pode ser prorrogado até 2021, ou reduzir o número de partidas para poder conclui-lo este ano
Quando as competições voltarem, para jogar as rodadas que faltam, será necessário modificar o calendário, que pode ser prorrogado até 2021, ou reduzir o número de partidas para poder conclui-lo este ano

A paralisação do esporte devido à pandemia do coronavírus abriu um debate sobre a necessidade de modificar o calendário do futebol brasileiro, cujas equipes de elite são as que mais disputam partidas oficiais no mundo.

Quando as competições voltarem, para jogar as rodadas que faltam, será necessário modificar o calendário, que pode ser prorrogado até 2021, ou reduzir o número de partidas para poder conclui-lo este ano.

As equipes da primeira divisão disputam os campeonatos estaduais de meados de janeiro a maio, enquanto que as 38 rodadas do Campeonato Brasileiro são jogadas de maio a dezembro. A temporada está sobrecarregada com a Copa do Brasil e, para muitas equipes, com a disputa da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana.

E isso sem mencionar as partidas pendentes da Libertadores e da Sul-Americana e as eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar-2022, que deveriam ter começado em março passado e foram adiadas para setembro.


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Mas há quem queira aproveitar a oportunidade para realizar uma reforma que alivie a situação.

Temporadas plenas só para os grandes

Na mira do possível sacrifício estão os campeonatos estaduais, que perderam o prestígio do passado, sem os quais o número de partidas dos grandes clubes seria semelhante ao dos europeus.

Esses torneios locais exigem em média dez partidas para seus participantes e até 16 ou 17 para os participantes dos de maior prestígio, o Paulista e o Carioca.

Mas na equação também entram as necessidades dos clubes de divisões inferiores, que só atuam durante menos da metade do ano, indicou um estudo recente da Pluri Consultoria.

O contraste é impressionante

A taxa média de utilização do calendário brasileiro de futebol em 2019 foi de 30% para os 645 clubes que disputaram pelo menos um torneio profissional. Por ouro lado, 44 desses clubes (7%) usaram pelo menos 80% de seu calendário. Neste grupo, existem 11 equipes que disputaram mais de 65 jogos, número considerado excessivo.

"Mais do que mudar, a palavra apropriada seria aperfeiçoar" os campeonatos estaduais, que são "essenciais para muitas equipes, mas não uma prioridade para os grandes", disse à AFP o jornalista esportivo Sergio Arenillas.

Arenillas sugere que os torneios de cada estado sejam disputados ao longo do ano e que "as equipes menores joguem mais jogos" e os times maiores só "entrem na fase final". O Brasileirão dura cerca de seis meses, enquanto as ligas europeias se estendem por nove meses, lembrou Arenillas.

Esse esforço concentrado deixa pouco tempo para a recuperação física e influencia a qualidade técnica das equipes, acrescenta."O calendário é tão cruel com os times pequenos, que jogam muito pouco, quanto com clubes grandes, que jogam demais. O equilíbrio passa por nivelar a balança", avalia ele.

Várias vozes pedem para que seja adotado novamente o sistema de mata-mata no Brasil - que deixou de ser usado em 2003 -, considerado mais rápido e empolgante, sem margem para erro. Também há quem defenda a adoção do calendário europeu, para não sofrer tantas perdas de jogadores ao longo do ano devido às transferências. Por enquanto, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) descarta as duas opções.

"No momento, não pretendemos trazer a experiência ou o modelo do calendário europeu, nem as fases de mata-mata. Ainda queremos o Brasileirão de pontos corridos, que em nossa avaliação é um grande sucesso", explicou o secretário-geral da CBF, Walter Feldman em entrevista à TV Gazeta.

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