Pacheco anuncia integrantes de CPI sobre manipulação no futebol
Política|Hellen Leite, do R7, em Brasília
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), leu nesta terça-feira (9) os nomes dos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar manipulação em jogos de futebol. A criação da CPI havia sido anunciada em 12 de março para apurar denúncias que envolvem jogadores profissionais, dirigentes de clubes e empresas de apostas.
Os senadores definidos como titulares da CPI são:
♦ Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB),
♦ Marcio Bittar (União-AC),
♦ Otto Alencar (PSD-BA),
♦ Angelo Coronel (PSD-BA),
♦ Jorge Kajuru (PSB-GO),
♦ Chico Rodrigues (PSB-RR),
♦ Romário (PL-RJ) e
♦ Eduardo Girão (Novo-CE).
Os suplentes são:
♦ Giordano (MDB-SP),
♦ Efraim Filho (União-PB),
♦ Sérgio Petecão (PSD-AC) e
♦ Carlos Portinho (PL-RJ).
O bloco Aliança, composto pelo PP e Republicanos, ainda não anunciou os nomes que farão parte da comissão. O pedido para a abertura da CPI partiu do senador Romário (PL-RJ). A previsão é que a comissão tenha duração de180 dias.
A Câmara dos Deputados teve uma CPI para investigar o mesmo assunto no ano passado. No entanto, a comissão terminou sem a votação do relatório final, de autoria do deputado Felipe Carreras (PSB-PE).
No documento, Carreiras reconheceu que o futebol brasileiro “está muito exposto à prática criminosa de manipulação de resultados”, mas não indicou indiciamentos. Ele alegou que o indiciamento dos investigados não foi possível porque a “CPI não vislumbrou a existência de indícios suficientes de autoria e de materialidade de ilícitos”.
A comissão também chegou ao fim sem colher depoimentos de possíveis sócios do esquema de manipulação dos resultados e que foram denunciados pelo Ministério Público de Goiás. Além disso, a CPI também não ouviu o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues.
Três jogadores brasileiros foram banidos do futebol mundial pela Fifa, entidade máxima do esporte, após investigações sobre partidas da Série B do Campeonato Brasileiro. Até agora, a Justiça goiana indiciou 14 pessoas pelas fraudes. A Polícia Federal apura outro esquema, também de alcance nacional.