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Além das Embaixadas

Embaixada da França oferece bolsa de estudos para indígenas brasileiros

A seleção começa em dezembro e os contemplados iniciam os estudos no ano que vem

Além das Embaixadas|Natalie MachadoOpens in new window

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Em Manaus, comitiva que assinou acordo de pesquisa.

Em Manaus, a cooperação científica e cultural entre o Brasil e a França deu mais um passo. Junto com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, a embaixada da França no Brasil assinou um acordo para fortalecer o Programa Guatá – Mobilidade de discentes indígenas.

A iniciativa promete ser um marco na internacionalização da ciência brasileira e oferecerá bolsas de doutorado para estudantes indígenas brasileiros em universidades francesas.


O embaixador Emmanuel Lenain destacou que a cooperação se fortalece ao criar oportunidades para que diferentes vozes participem da construção do conhecimento.

“O programa de bolsas é baseado em valores de excelência, solidariedade e acolhimento. Ganham os alunos bolsistas e ganham as comunidades acadêmicas da França que os acolhem”, afirmou o embaixador.


O evento ocorreu nesta segunda-feira, no auditório bosque da ciência, no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).

O Significado de ‘Guatá’

O Programa Guatá, que teve início em 2023 em parceria com a Campus France Brasil, vai muito além de um simples intercâmbio. O próprio nome, de origem Tupi-Guarani, significa “caminhar” ou “andar”.


É um nome que simboliza perfeitamente o objetivo do programa: o movimento de troca, o aprendizado mútuo e a construção conjunta de saberes entre culturas. Desde seu início, o Guatá já permitiu que pesquisadores e estudantes indígenas brasileiros fossem acolhidos por instituições como a Paris 8 e a Paris Naterre.

O que muda com a chegada da CAPES?

Com a entrada da CAPES, o programa ganha um impulso fundamental. Ele passa a integrar oficialmente as ações afirmativas da Fundação, reforçando o compromisso do governo brasileiro com a inclusão, valorização dos povos originários no ensino superior e a promoção da diversidade na ciência.


Para a presidente da CAPES, professora Denise Pires de Carvalho, o Guatá “é mais do que um programa de mobilidade: é um gesto de reconhecimento e valorização da pluralidade dos saberes e da contribuição dos povos indígenas à produção científica brasileira”.

A parceria prevê um investimento robusto, que pode ultrapassar R$ 1,7 milhão, financiado conjuntamente pela CAPES e pela Embaixada da França.

O que o programa oferecerá

  • Até 20 bolsas de doutorado
  • Duração: Até nove meses de estudos na França.
  • Cobertura: Mensalidades, auxílios de instalação e deslocamento, adicional de localidade e seguro saúde.

Há, no entanto, uma contrapartida importante: as bolsas destinam-se a doutorandos indígenas de instituições de ensino superior brasileiras que tenham condições de apoiar o bolsista com um valor mensal de R$ 7.000.

Uma parceria de mão dupla

O entusiasmo é compartilhado pelo lado francês. O embaixador Emmanuel Lenain destacou que a cooperação se fortalece ao criar oportunidades para que diferentes vozes participem da construção do conhecimento.

“O programa de bolsas é baseado em valores de excelência, solidariedade e acolhimento. Ganham os alunos bolsistas e ganham as comunidades acadêmicas da França que os acolhem”, afirmou o embaixador.

Fique atento!

Para os estudantes e instituições interessados: o edital completo, com todas as regras e informações sobre o processo de inscrição, estará disponível nos sites da CAPES e da Embaixada da França no Brasil a partir de novembro.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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