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Além das Embaixadas

Onda coreana além dos doramas

Aos 24 anos, jovem chef da Embaixada da Coreia do Sul deixou o país natal e veio para o Brasil cozinhar para autoridades

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Natalie Machado e chef Joohae Go, durante jantar, na Embaixada da Coreia do Sul

Que a cultura sul-coreana invadiu nossas plataformas digitais, a gente sabe, mas o que eu jamais poderia imaginar era que a culinária deles seria tão boa quanto aqueles doramas que me prendem horas a fio...

Dias atrás fui convidada para um jantar, com outros jornalistas e influenciadores, na embaixada da Coreia do Sul. Foi um momento espetacular, de muito aprendizado e de entendimento da potência chamada “onda coreana”. O Brasil é o quinto maior consumidor mundial deste conteúdo.


O local é tranquilo, harmonioso e cheio de simpatia dos anfitriões, mas um detalhe me chamou a atenção. A comida servida ali. Uma mesa extensa com carnes de porco, bovina, peixe, sushi, sashimi, salada tropical, macarrão. Além das sobremesas. Muita variedade!

Eu estava ali, mas a jovem chef de cozinha, que ia de um lado para o outro, sempre focada, e com sorriso no rosto, encerrou nosso aprofundamento cultural com chave de ouro. Joohae Go tem apenas 24 anos. É inacreditável o que ela faz! Todos os convidados ficaram impressionados com tamanha agilidade e simpatia.


Ela tirou foto com quem pediu, explicou os pratos, deu entrevista para o blog... Nem todos os chefs são assim. A gente sabe...

Desde os 17 anos ela encara este desafio. Ela poderia ter seguido carreira na educação, por conta do desempenho escolar, ou então atuar em pesquisa e desenvolvimento, devido à formação acadêmica, em nutrição ou comercialização de alimentos, mas, quem sabe, lá para frente... A ideia, no momento, é crescer profissionalmente.


Joohae Go deixou a família e veio para o Brasil. Soube da vaga e se candidatou.

“Eu mesma me candidatei à vaga. Sempre tive interesse pela América do Sul e vinha acompanhando as oportunidades na região. Quando surgiu a vaga no Brasil, no momento certo, senti que era a oportunidade ideal e decidi me candidatar.”


A rotina dela é puxada. Depois do bom pão de queijo, que come todos os dias no café da manhã, trabalha cerca de 9 horas seguidas, mas a agenda é flexibilizada dependendo da ocasião. Como trabalha em uma embaixada, é comum preparar pratos para autoridades.

“Por questões de segurança, não posso divulgar a identidade dos convidados que participam de almoços ou jantares oficiais. No entanto, independentemente de quem seja o convidado, encaro cada ocasião com o mesmo nível de dedicação e profissionalismo, sempre buscando oferecer a mais alta qualidade na minha culinária.”

Um dos maiores desafios encarados é viver longe da família, mas ela tenta manter contato frequentemente.

“Vejo essa experiência como uma parte importante do meu crescimento pessoal e profissional. Ela me ajudou a desenvolver independência, resiliência e um senso maior de responsabilidade — qualidades pelas quais sou muito grata.“

O embaixador da Coreia do Sul aqui no Brasil, Choi Yeong Han, afirmou que a representação diplomática está focada em ganhar, ocupar espaço e quebrar o paradigma de que a língua é difícil.

“Esse é um dos objetivos do meu mandato. Nosso comércio bilateral atingiu mais de US$ 12,5 bilhões no ano passado. Temos mais de 200 empresas sul-coreanas operando no Brasil”, afirmou o embaixador.

Aqui, a cultura já é difundida em escolas e universidades. A representação diplomática está aberta a novas parcerias.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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