‘Shutdown’ americano volta a ameaçar vistos e embaixadas
Redes sociais serão atualizadas apenas em casos de emergência

Trump e o Congresso americano não entraram em acordo. Com isso, 750 mil funcionários federais devem ser afastados, parte deles sem garantia de retorno. Eles serão temporariamente dispensados e ficam sem pagamento até que o financiamento seja restaurado. Em paralisações passadas, eles receberam salários retroativos, mas a incerteza financeira é grande.
A consequência do impasse orçamentário entre o Congresso e o poder executivo pode afetar, inclusive, o trabalho das embaixadas e consulados. Essas representações legais do governo Trump também entraram na dança. A única forma de contato é por meio oficial. Por enquanto, a emissão de vistos e os trabalhos consulares seguem em funcionamento, mas o sinal de alerta está lançado, assim como a nota divulgada nas redes sociais.
“Devido à paralisação orçamentária, esta conta do X não será atualizada regularmente até a retomada total das operações, exceto para informações urgentes de segurança. No momento, os serviços de passaporte e visto programados nos Estados Unidos e em Embaixadas e Consulados dos EUA no exterior continuarão enquanto a situação permitir. Para mais informações sobre nossos serviços e status de funcionamento, visite: http://travel.state.gov."
Ao contrário do que costumamos ver, a não aprovação do orçamento do governo — que aqui reverbera em voto de desconfiança ou derrubada do governo —, nos EUA, o impasse fiscal resulta na paralisação de parte da máquina pública. O que quer dizer a suspensão das atividades e serviços não essenciais do governo federal por falta de verba.
Serviços considerados essenciais, como segurança nacional e controle de fronteiras, continuam funcionando, mas em ritmo reduzido e com servidores sem pagamento até que o impasse seja resolvido.
Por que acontece o ‘shutdown’?
O sistema político americano exige que o Congresso (Câmara dos Representantes e Senado) aprove leis que autorizam os gastos do governo.
Quando Democratas e Republicanos não conseguem concordar sobre as prioridades de gastos, planos de saúde ou outras questões políticas inseridas no projeto de lei, o orçamento não é aprovado. Sem a lei de financiamento, o governo é obrigado a paralisar.
Contexto recente
A paralisação atual ocorreu devido a um impasse entre o presidente Donald Trump e o Partido Democrata. Os Democratas se recusaram a apoiar a legislação de gastos republicana sem a inclusão de certas disposições sobre saúde, como a extensão de subsídios de seguro saúde e a reversão de cortes no Medicaid.
É um evento recorrente na política dos EUA — foi a 15ª vez que o país entrou em “shutdown” desde 1981 — e é uma tática política usada por ambos os lados para forçar concessões na mesa de negociação.
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