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Doria não enxerga o vírus a bordo dos vagões do metrô

O transporte público é o maior aliado da pandemia de covid-19

Augusto Nunes|Do R7

Governador de São Paulo, João Doria ignora transmissão do vírus nos vagões do metrô
Governador de São Paulo, João Doria ignora transmissão do vírus nos vagões do metrô Governador de São Paulo, João Doria ignora transmissão do vírus nos vagões do metrô

Desde março de 2020, o transporte público garante diariamente a expansão da pandemia de coronavírus nas grandes cidades paulistas, sobretudo na capital. Faz mais de um ano que o prefeito Bruno Covas está de costas para o que acontece no interior dos ônibus. Faz 13 meses que o governador João Doria não consegue enxergar os focos de disseminação da covid-19 que vão e vêm a bordo dos vagões do metrô.

Protegidos apenas por máscaras — ou nem isso —, centenas de milhares de passageiros se comprimem de manhã e à tarde em ambientes fechados e desprovidos de quaisquer medidas de distanciamento social. Essa imensidão de brasileiros age assim não pelo gosto de desafiar a morte, mas para prorrogar a vida ameaçada também pela falta de dinheiro.

Tão minuciosos nas proibições que miram perigos inexistentes — celebrações religiosas e aulas presenciais, por exemplo —, Doria e seu Centro de Contingenciamento da covid-19 fecham os olhos ao imenso tumor a erradicar. E por isso há uma diferença brutal entre o número de mortos nos bairros pobres e os óbitos registrados nas áreas habitadas por gente que pode ficar em casa.

Os passageiros do metrô também gostariam de ter mais tempo para conviver com a mulher e os filhos. Ignoram quarentenas por dois motivos. Primeiro: como os dependentes são muitos e os metros quadrados são poucos, a família já é uma aglomeração num espaço minúsculo. Segundo: eles só têm o transporte público para sair em busca de um punhado de reais que adiem a morte pela fome.

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