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Rápido no gatilho, ruim de mira

Alexandre de Moraes deve achar que Paulinho da Força é vítima de fake news

Augusto Nunes|Do R7 e Augusto Nunes

O juiz Moraes é bem mais lento e piedoso que o detetive-delegado
O juiz Moraes é bem mais lento e piedoso que o detetive-delegado O juiz Moraes é bem mais lento e piedoso que o detetive-delegado

Condutor do inquérito das fake news inventado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, o ministro Alexandre de Moraes tornou-se forte candidato ao título de gatilho mais rápido do Planalto Central. Desempenhando simultaneamente o papel de detetive e delegado, não precisa de mais que cinco minutos para decidir que alguém merece um mandado de busca e apreensão ou que uma revista deve ser prontamente censurada.

Nostálgico dos tempos em que foi secretário de Segurança Pública de São Paulo. Ele também é ligeiro na hora de mobilizar a Polícia Federal para acordar às seis da manhã suspeitos que não sabem exatamente o que fizeram de errado.

O juiz Moraes é bem mais lento e piedoso que o detetive-delegado. Relator do processo que enquadrou o deputado Paulinho da Força por desvio de dinheiro do BNDES, o ministro demorou muitos meses para chegar a alguma conclusão. Na sexta-feira passada, decidiu absolver por falta de provas o prontuário ambulante que também comanda a Força Sindical e o partido Solidariedade.

O ministro Marco Aurélio nem precisou folhear o processo para concordar com Moraes. Para sorte da Justiça, os ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Rosa Weber inverteram o resultado: por 3 votos a 2, Paulinho da Força foi condenado a dez anos de cadeia. Além da liberdade, perderá o mandato.

Tudo somado, nenhum culpado deve perder o sono com Moraes. Ele só investiga, persegue e pune gente inocente.

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