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Augusto Nunes

Uma semana com cara de primavera

Boas notícias vindas dos três Poderes tiram o sono dos pessimistas profissionais

Augusto Nunes|Do R7 e Augusto Nunes

A penúltima semana de novembro reservou notícias especialmente animadoras para quem sonha com um Brasil mais civilizado, mais justo, menos vulnerável a discurseiras de corruptos, menos condescendente com criminosos sem cura. Por isso mesmo, a tribo que se orienta pelo lema "quanto pior, melhor" teve motivos de sobra para perder o sono.

Os motivos para o otimismo dos honestos (e para o surto de insônia que acometeu a seita que tem em Lula seu único deus) emergiram nos Três Poderes.

No Judiciário, por exemplo, começou a morrer no STF, vítima da indigência retórica do ministro que a concebeu, a vigarice concebida para restringir o uso de informações do antigo Coaf e da Receita Federal no combate delinquências envolvendo bandidos VIP.

Aprovação da Reforma da Previdência, um dos fatores para ventos favoráveis na economia
Aprovação da Reforma da Previdência, um dos fatores para ventos favoráveis na economia

No Legislativo, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou, por 50 votos a 12, a PEC que ressuscita, por meios legais, o começo do cumprimento da pena depois da condenação em segunda instância. Neste domingo, um levantamento do Estadão constatou que a maioria dos deputados federais e senadores apoia a decisão do Supremo que provocou um Carnaval temporão nas gaiolas que abrigam quadrilheiros desmascarados pela Lava Jato.


Coube ao Executivo melhorar a semana com mais evidências de que a economia brasileira está saindo do buraco que o governo Lula cavou e o governo Dilma transformou em 2014 numa cratera apavorante.

O país soube que, em outubro, o número de empregos formais teve um aumento superior a 70 mil vagas. Somados os primeiros 10 meses de 2019, foram criados quase 850 mil empregos com carteira assinada. É provável que, na virada do ano, tal cifra tenha passado de 1 milhão.


Esses ventos favoráveis são atribuídos por economistas à conjunção de quatro fatores: a aprovação da reforma da Previdência, o pacote de medidas de contenção de gastos enviado pela equipe econômica ao Congresso, a liberação de recursos do FGTS e a queda sem precedentes da taxa de juros.

O horizonte vai demorar algum tempo para tornar-se ensolarado. Mas já é bem menos cinzento que no dia da posse do novo governo.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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