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Augusto Nunes

Zé Dirceu não se emenda 

Quando o PT finge que deixou de ser radical, o corrupto condenado mostra que continua o mesmo

Augusto Nunes|Do R7

Sempre que algum candidato do PT faz acenos a eleitores que acham intragável o radicalismo do partido, o ex-deputado José Dirceu volta ao palco para avisar que o paraíso socialista sempre será o sonho dos devotos de Lula. Foi o que fez o corrupto condenado a muitos anos de cadeia nesta semana, dias depois dos primeiros ensaios para a ressurreição do Lulinha paz e amor que tapeou o país em 2002.

“As vitórias eleitorais no México, na Argentina, na Bolívia, espero agora no Peru, o empate no Uruguai e no Equador, as rebeliões no Chile, no Equador, na Colômbia, na Bolívia mostram que está na ordem do dia, de novo, e creio que com a vitória nossa aqui no Brasil, a integração”, decolou no início da semana o guerreiro do povo brasileiro. “Espero podermos, a partir de 23, estender de novo a mão para o povo cubano, que foi tão solidário conosco na luta contra a ditadua e o Mais Médicos é o maior exemplo", acelerou na estratosfera.

Em setembro de 2018, quando começavam os trabalhos de parto da candidatura de Fernando Haddad, Dirceu encerrou com uma entrevista ao jornal espanhol El País o flerte do poste fabricado por Lula com os vacinados contra desvarios esquerdistas.

“Nós não temos a elite do país e nem queremos ter”, comunicou. “Eles que rezem para que eu fique bem longe. Ela vai ter que entregar os aneis. Não dá para tirar o Brasil da crise sem afetar a renda, a propriedade e a riqueza da elite. E acabar com a concentração de renda via juros do capital do sistema bancário”.

Para consumar as ameaças, Dirceu informou que o partido que virou bando iria além da vitória eleitoral: “É uma questão de tempo pra gente tomar o poder. Nós vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição". Dois anos e meio depois, o ex-parlamentar cassado por um Congresso que não pune sequer um serial killer americano saiu da catacumba para reiterar que nao mudou. Vai morrer sonhando com um Brasil transformado numa Cuba tamanho família.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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