10 clássicos que você pode ver de perto em Águas de Lindoia
Encontro Brasileiro de Autos Antigos realizado na cidade paulista tem 1.200 carros expostos e vai até domingo
Autos Carros|Do R7 e Marcos Camargo Jr.

Durante os quatro dias deste feriado prolongado, o Encontro Brasileiro de Autos Antigos recebe fãs de carros antigos e customizados de todo o país na cidade paulista de Águas de Lindoia, na divisa com o estado de Minas Gerais. O evento é realizado há mais de 30 anos na cidade e espera receber 500 mil visitantes até o próximo domingo (23).

Há exposição e premiação de veículos antigos, área de compra e venda de clássicos, espaço de alimentação e um amplo mercado de pulgas com ofertas de peças novas e usadas e todo tipo de produto ligado do antigomobilismo.
Com entrada gratuita, o evento reúne cerca de 1.200 carros expostos mas para ajudar o visitante que pretende ir até lá neste final de semana, separamos 10 modelos imperdíveis que podem ser vistos bem de perto.

1. DKW Candango 4. O jipinho nacional era produzido pela Vemag sob licença da Auto Union alemã, marca que fez sucesso por aqui com o sedã Belcar e a perua Vemaguet. Este exemplar tem capota rígida que era produzida pela empresa Carraço. Tinha motor dois tempos de 900cc (depois passou a 1.000cc em 1961) e tração integral permanente como os SUVs atuais. Pouco mais de 5,6 mil jipes como esse foram produzidos entre 1958 e 1963. A intenção da marca era vender o carro para uso nas Forças Armadas o que não deu certo e o veículo saiu de linha.

2. Dodge Coronet 1968-70. O veículo caracterizado como viatura de polícia exibe as linhas musculosas deste sedã que aparece em muitas séries e filmes antigos nas cenas de perseguição. Tem motor V8 383 6,3 litros de aproximadamente 325cv. Era uma das viaturas mais fortes da época e com o tempo foram substituídas pelos Ford Crown Victoria e Chevrolet Caprice.

3. Nash Rambler Country Club 1952. Com visual aerodinâmico para a década de 1950, o Rambler era um carro pequeno para os padrões americanos mas fez sucesso. Tinha motor 2,8 litros de seis cilindros e custava US$ 1.808,00 à época, bem menos que um carro médio. Mas a Nash ia mal financeiramente e anunciaria uma fusão com a marca Hudson formando a AMC (American Motors Corporation). Esta linha curiosa de veículos deixou de ser produzida em 1955.

4. Ford Tudor 1927. O modelo customizado é um legítimo Hot Rod montado sobre a carroceria de um Ford. O motor V8 posicionado na dianteira se destaca pelo tamanho e pela visível preparação e adequação da suspensão ao peso do veículo. Na frente, o personagem Rat Fink, que representou a contra-cultura dos automóveis nos anos 1960. Na época, os modelos customizados eram marginalizados e o personagem curioso do rato ajudou a disseminar a cultura de customização nos Estados Unidos e de lá para o mundo.

55.5 Hupmobile R 1925. Em destaque sob um palco, é um dos vovôs da exposição. A marca foi fundada em 1908 por ex-profissionais de montadoras como Oldsmobile e Packard. O modelo destaque tem a carroceria Touring com capacidade para cinco passageiros. O motor era um quatro cilindros 3,0 litros de 16,9cv. Era robusto para a época e tinha um dos melhores e mais modernos propulsores dos anos 1920.

6. Bugatti Type 35 (Réplica). O lendário carro de corrida dos anos 1920 foi recriado pela empresa argentina Pur Sang (para ler com sotaque francês) que fabrica o veículo de forma artesanal. O carro segue as especificações originais com carroceria de alumínio e motor 2,3 litros de oito cilindros em linha que rende 150cv, quase um jato para a época. A réplica custa cerca de R$ 600 mil e é desejada por colecionadores no mundo inteiro.

7. Plymouth Fury 1959. A cor vermelha nos remete ao clássico de Stephen King "Christine" (1983), embora o carro do filme seja um modelo 1957, quase idêntico ao da foto. O desenho de linhas ascendentes estava em alta com destaque para as aletas, conhecidas como "rabo de peixe". Apesar do nome o Fury era um esportivo leve com motor V8 que não decolava tanto por conta do peso do veículo. Uma das versões levava o motor V8 5,9 litros com carburador de corpo quádruplo chamado de Golden Comando.

8. Monza S/R. Representando a safra dos novos clássicos, o Monza tentava recriar o espaço dos esportivos da marca GM naqueles tempos de crise que eram os anos 1980. Surgiu em 1986 ofuscado pelo sucesso do sedã e embora tivesse o mesmo motor do Monza comum, ganhou um carburador de corpo duplo, câmbio curto, novo coletor de admissão, amortecedores mais rígidos e escapamento de maior diâmetro. Assim o motor rendia 106cv, 10cv a mais que a versão comum. O visual tinha bancos esportivos Recaro, painel com elementos na cor vermelha e até aerofólio.

9. Concorde. Lançado em 1976 no X Salão do Automóvel, o Concorde era uma criação do empresário João Storani que buscava inspiração nos anos 1930, especialmente nos modelos Cord, Duesemberg, Buick e Cadillac da época. Tinha chassi e motor V8 do Ford Galaxie de 199cv. Este exemplar é um dos últimos fabricados e consta que foi finalizado na própria garagem da casa de Storani.

10. DeLorean DMC. O carro que brilhou na saga "De Volta para o Futuro" tinha a máquina do tempo instalada neste coupê que tinha motor PRV V6 2,8 litros de 141cv com suspensão esportiva SPAX e tecnologias como ajuste de pressão dos amortecedores e sistema de escapamento com coletores dimensionados em Inox, Stage 1 da Delorean Industries. Há apenas cinco unidades do DeLorean no Brasil. O carro teve 7.400 veículos produzidos em 1981 e 1.800 unidades no ano seguinte e logo depois o carro saiu de linha para entrar nas páginas da história.
Se você quer ver imagens sobre o Encontro Brasileiro de Águas de Lindóia confira o vídeo no canal Autos TV.
