A Anfavea divulgou nesta manhã o balanço da indústria automobilística com resultados inferiores aos de março. O movimento de queda nas vendas que já levou a paralisação de 13 fábricas por todo o país derrubou também os volumes de produção. Segundo a associação dos fabricantes de veículos, em abril foram produzidos 137,5 mil automóveis e comerciais leves, volume 18% menor que o de março.
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No ranking geral incluindo caminhões e ônibus a queda chegou a 19,4% o que é alto considerando a sazonalidade dos feriados de abril, que teve menor quantidade de dias úteis em relação a março onde 221,8 mil veículos foram produzidos nas fábricas do país.
As vendas também vem registrando queda um pouco mais forte. Abril teve 160,7 mil veículos novos vendidos no mercado, volume 19,2% menor que o de março mas 9,2% a mais do que março do ano passado. A Anfavea explica que ano passado havia uma queda na oferta de veículos por conta da restrição por falta de peças mas que agora há uma crise de demanda.
A produção de veículos no país somou 714,9 mil unidades de janeiro a abril de 2023, esse volume hoje é 4,8% maior que o mesmo período do ano passado. Segundo Márcio de Lima, presidente da entidade, "é um ajuste de produção à real demanda pelo consumo". O executivo ponderou que a queda nas vendas de caminhões e ônibus em 16% este ano se deve à mudança do Proconve L7 que permitia emplacamentos de veículos que se enquadravam nos limites do ano passado até o mês de março.
No entanto, durante a coletiva online, o presidente da Anfavea disse que as locadoras fizeram pedidos volumosos de veículos e os dados já refletem essa produção de modelos de menor custo e em maior volume. A Anfavea disse que 33% dos veículos vendidos no país foram financiados de alguma forma e 67% foram negociados à vista.
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As vendas para o mercado externo também estão diminuindo especialmente para a Argentina. Sem divisas, o país vizinho não consegue importar bens de valor agregado e as exportações caíram 13% em abril. Para o Chile, as vendas caíram 48%, além de 20% para a Colômbia e 18% para o México.