Audi Q5 híbrido leve é porta de entrada para a eletrificação: veja
Modelo vem equipado com motor de 2.0TFSi turbo de 249 cv com sistema elétrico de 12V auxiliar
Autos Carros|Marcos Camargo Jr. e Marcos Camargo Jr.
Lançado há um ano no país com motorização híbrida leve, o Audi Q5 tem na sua carroceria Sportback a versão mais jovial. Aguardando a chegada do Q5 Plugin às lojas, o comprador do crossover médio alemão ainda tem (e ainda terá) o híbrido leve no portfólio da marca. E foi justamente essa versão que o R7-Autos Carros avaliou ao longo de uma semana.
AUDI Q5 Sportback 2.0TFSi: passaporte para a eletrificação com sistema híbrido leve - como funciona? Veja o vídeo!
O Audi Q5 Sportback é assim o “passaporte” para a eletrificação ao utilizar o sistema de baixa intervenção elétrica na condução do veículo. Isso porque ele associa o motor 2.0TFSi turbo a gasolina com 249cv e 37,7kgfm ao sistema elétrico 12V auxiliar. Entre 55 e 160 km/h, o motor pode ser desligado em velocidade constante graças ao gerador que ao mesmo tempo é um alternador e motor de partida. O conjunto tem suspensão independente na dianteira e traseira e sistema de tração integral Quattro Ultra.
O visual do carro já é conhecido dos brasileiros mas na versão Sportback o modelo médio é mais jovial com seu caimento cupê. Na dianteira segue o padrão atual da marca com ampla grade octogonal, novos para-choques na frente e também na traseira com farois em OLED (flexíveis) enquanto a dianteira trazem faróis em LED matrix.
Espaçoso com 4,68m de comprimento, tem 2,68m de entre-eixos permitindo viagens longas com conforto mesmo com a alteração da coluna C por conta do desenho do carro. O único senão está no túnel central que vai atrapalhar um eventual terceiro passageiro. O porta malas tem bons 510 litros com abertura e fechamento elétricos.
Bem equipada a família Q5 tem faróis Full LED, multimídia Audi MMI de 10 polegadas com espelhamento sem fio, teto solar panorâmico e itens que um carro premium deve ter: controle de Cruzeiro adaptativo, alerta de saída de faixa e que na versão com pacote S-Line traz rodas aro 20 e dispositivo que alerta contra aberturas da porta quando o sensor localiza veículo se aproximando. Painel digital, carregador de celular sem fio e som Bang Olufsen fazem parte do pacote nesta versão avaliada mas cada item tem seu preço. O som custa R$ 8 mil, já o head Up display sai por mais R$ 4 mil, na versão mais cara as lanternas OLED custam R$ 7 mil e o porta-malas com abertura por movimento do pé sai por R$ 4 mil adicionais na versão Prestige e vem de série no topo de linha.
Desempenho esportivo e consumo idem
O motor 2.0TFSi bebe somente gasolina mas tem desempenho satisfatório com seus 249cv. Com câmbio de dupla embreagem S-tronic e sete marchas, o carro tem trocas eficientes e rápidas. Com tração integral, permite a condução esportiva sem sustos e com muita segurança.
Quando exigido, o motor responde com precisão e a direção precisa, típica dos modelos da marca, o complementa de forma quase perfeita. Ao chegar a uma velocidade constante nem se nota a entrada do motor eletrificado em ação e no modo eficiente, um dos cinco disponíveis, se nota a aceleração mais lenta privilegiando o consumo.
Mas se por um lado o Q5 chega a 237km/h de velocidade máxima e acelera da imobilidade aos 100km/h em apenas 6,3s, por outro cobra caro no consumo que não passa de 8km/l na cidade e 10 na estrada. Assim, a assistência elétrica não se traduz em consumo reduzido, algo diferente do novo modelo híbrido plugin que chega às lojas no próximo mês de setembro (e que nós já testamos).
Na faixa dos R$ 400 mil, certamente valerá mais investir um pouco no modelo 2022 híbrido com real assistência elétrica e potência elevada para 367cv. Para quem deseja ser fiel à proposta, terá no híbrido leve um produto que tende a só valer a pena para os puristas. E ele continuará sendo oferecido neste ano quando o plugin chegar e também em 2023, garante a Audi. Mas vale fazer a conta se não vale a pena investir um pouco mais pelo híbrido puro mais potente e bem mais econômico.
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