[Avaliação] Eclipse Cross é o ilustre diferente no mundo dos SUVs
Avaliamos o SUV japonês com motor 1.5 turbo que vai bem até fora do asfalto: confira se vale os R$ 159 mil
Autos Carros|Marcos Camargo Jr
O Mitsubishi Eclipse Cross com design tão diferente parece ter conquistado sua fatia de público como previa a marca dos três diamantes com média de 200 unidades emplacadas por mês. Não é figura fácil nas ruas como o Jeep Compass ou o Volkswagen Tiguan, mas traz atributos interessantes e boa capacidade off-road ainda com ares de novidade.
Começa pelo desenho imponente da dianteira com grade filetada e cromada repetindo o estilo do SUV maior, o Outlander. A traseira é mais polêmica com vidro duplo e caimento de um cupê, o que não é capaz de tirar o brilho do utilitário esportivo. Afinal, em qualquer estacionamento ou mesmo na rua não é difícil ver alguem reparando no estilo do veículo.
Ao volante
Avaliamos o produto da Mitsubishi importado do Japão e disponível no país nas versões HPE-S (R$ 151,9 mil) e HPE-S S-AWC (R$ 159,9 mil), que rodamos por cerca de 500km em uma semana.
Equipado com motor 1.5 turbo com injeção direta, o Eclipse Cross surpreende ao volante. Tem direção elétrica, 165cv, 25,5kgfm de torque e tração integral S-AWC. Nas saídas ele parece lento mas a partir das 2.000rpm, o SUV médio acorda literalmente para surpreender. O câmbio CVT é bem escalonado mesmo subindo de giro em algumas ocasiões. A distribuição de força pode ser feita automaticamente usando o modo "AUTO" por um toque de botão e também os modos "SNOW" (neve) e "GRAVEL" (cascalho).
Com controle de estabilidade e tração, freios a disco nas quatro rodas e conjunto de suspensão independente nas quatro rodas com 3 barras estabilizadoras na traseira, a condução é suave, mesmo quando exigida. Em curvas mais fortes, o Eclipse Cross não parece tão alto (1,63m de altura) e mantém a precisão mesmo quando exigido.
Por dentro
A vida é confortável com conjunto de bancos em couro e painel com revestimento emborrachado, como se espera em um carro desse valor. Ainda assim, como é próprio da Mitsubishi, o estilo é sóbrio.
No console central a marca se esforçou no conjunto que forma um triângulo com direito ao nicho para pequenos objetos. Aliás, há espaço para muita coisa na cabine. O banco do motorista é elétrico mas o do passageiro conta com ajustes apenas manuais. Na traseira, os cintos estão ocultos no assento e apesar do bom espaço (2,67m de entre-eixos) o túnel central atrapalha um pouco.
O porta-malas é adequado para seu porte e chega a 473 litros com o banco deslizante traseiro posicionado mais à frente e ajuste do encosto totalmente reto. Caso seja preciso transportar itens volumosos certamente os passageiros vão reclamar mas a modularidade é uma vantagem no Mitsubishi.
Em termos de entretenimento há uma central multimídia com GPS, Wi-Fi, Android Auto e Apple CarPlay. A conexão foi simples via bluetooth ou por cabo mas em dias ensolarados foi difícil enxergar o conteúdo na tela. No gadjet há câmera de ré bem como sensores dianteiros e traseiros e também o head up display que projeta informações do painel em uma tela.
Segurança de série
Além do conjunto mecânico, o Eclipse Cross traz itens de segurança indisponíveis em carros deste segmento. Com 5 estrelas no teste de colisão do Latin NCAP, tem seis airbags e os controles de estabilidade e tração com freios ABS obrigatórios.
Vem ainda com controle de cruzeiro adaptativo que é capaz de manter a distância do carro à frente (com controle de três níveis de distância acionados por um botão), detecção de obstáculos com frenagem automática, sensor de ponto cego com aviso sonoro e aviso para mudança involuntária de faixa.
Com 4,40m de comprimento e 1,80m de largura o Eclipse Cross pesa 2.100kg. Com este dado o desempenho dele surpreende bem como a performance em situações fora de estrada mas nem tudo é perfeito. O consumo médio ficou em 8,0Km em percurso urbano e cerca de 10km em percurso rodoviário chegando a 12km em vias expressas com velocidade de 80Km/h.
O Eclipse Cross vem de série com itens como farois em LED com acendimento automático, teto solar panorâmico, sensor de chuva com acionamento do limpador, retrovisores com rebatimento elétrico, chave presencial, freio de estacionamento eletrônico, coluna de direção com ajuste de altura e profundidade além dos itens de segurança já citados. A garantia é de três anos em todo o território nacional.
Concorrentes: posicionado entre os médios como o Jeep Compass, Volkswagen Tiguan All Space, Peugeot 5008, Hyundai New Tucson e Chevrolet Equinox, seu nível de equipamentos mira também modelos premium como o Volvo XC40, BMW X1 e Mercedes-Benz GLA 200.
Confira a avaliação em vídeo feita pelo canal Autos TV.
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