[Avaliação] Honda CR-V é eficiente e equipado mas custa caro
Avaliamos o crossover médio da Honda que ganha novo visual, acabamento interno e nível aprimorado de equipamentos
Autos Carros|Marcos Camargo Jr. e Marcos Camargo Jr.
No amplo universo de SUVs médios a Honda oferece o renovado CR-V o R7-Autos Carros já testou. Desta vez avaliamos o carro de forma mais detida ao longo de uma semana para provar todas as novidades oferecidas no veículo que ficou mais equipado e com pequenas mudanças visuais.
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É o caso dos novos para-choques que ganharam visual mais “quadrado”, apliques cromados nas laterais e pequenas novidades que não passam despercebidas pela rua. O Crossover é sempre notado (e elogiado) por onde estaciona. Por dentro há novos apliques imitando madeira e transmite solidez com boa construção que também é outro ponto positivo.
Espaçoso e versátil
Espaçoso, o CR-V se mostrou bem versátil, um pouco mais generoso que seus rivais medindo 4,63m de comprimento, 1,85m de largura, 2,66m de entre-eixos e 1,68 m de altura. O porta malas tem 527 litros, bem adequado para o seu porte. No banco traseiro o túnel central é quase inexistente e há espaço para todos com boa altura e largura entregando conforto a bordo.
Novos itens de série
Mais equipado, o CR-V ganhou carregador de celular por indução, mais entradas USB e novos botões, além do esperado pacote Honda Sensing. A solução inclui tecnologias como controle de cruzeiro adaptativo, alerta de manutenção do carro na faixa (Lane Watch), controle de subida (Hill Start Assist), alerta e de frenagem de emergência (ESS), monitoramento de pressão dos pneus, acionamento de câmera posicionada abaixo do retrovisor direito, sistema de monitoramento de atenção do motorista (Agile Handling Assist), além de sistema Isofix para fixação de cadeirinhas infantis, conjunto de seis airbags além de controles de tração e estabilidade a tração integral permanente AWD. É tudo muito interessante mas tem alguns poréns.
No caso da conectividade a multimídia oferece Apple CarPlay e Android Auto com espelhamento que ainda exige cabo. Outro ponto a melhorar é a interface do equipamento bem antiquada para os padrões atuais e a câmera de ré e do ponto cego poderia ter maior qualidade visual.
Ainda assim há boa oferta de itens de série como conjunto de nove alto-falantes com subwoofer que resulta em ótima qualidade sonora, faróis full LED, retrovisores com rebatimento, sensor crepuscular, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro e freio de estacionamento com acionamento do tipo elétrico além do teto solar panorâmico.
Desempenho bom mas sem emoção
O motor do CR-V é o mesmo da versão anterior. Segue com o 1.5 turbo de quatro cilindros a gasolina com injeção direta, turbina de baixa inércia e desenvolve bons 190cv e 24,5 kgfm de torque entre 2.000 e 5.000rpm. É bom porém não espere aquele desempenho esportivo. Longe disso. O torque é adequado a proposta mas não traz aquela emoção, sendo bem calibrado para a eficiência. Durante o nosso teste obtivemos bons 10,5km/l na cidade e 12km/l na estrada.
Faz toda a diferença o sistema de tração integral sempre eficiente nas curvas e o controle a bordo do carro que transmite segurança mesmo quando exigido.
Preço mais alto
Uma pena que a entrega tão boa esteja acima do preço dos concorrentes. O modelo que é importado dos Estados Unidos equivale a versão Touring por lá que é vendida por US$ 37 mil, cerca de R$ 196 mil. O preço do Honda CR-V no Brasil é de R$ 264.900 (que sobe para R$ 274.700 no Estado de São Paulo que tem ICMS majorado). Bem mais alto que todas as versões topo de linha dos concorrentes como o Toyota Corolla Cross Hybrid XRX (R$ 195 mil), Volkswagen Taos Launching Edition (R$ 191 mil), Caoa-Chery Tiggo 7 (R$ 138 mil), Jeep Compass S (R$ 203 mil), Ford Territory (R$ 221 mil) e até mesmo mais alto que modelos como o Ford Bronco de R$ 260 mil sendo apenas mais barato que o Peugeot 3008 de R$ 269 mil. A entrega do CR-V é bem generosa e vem com a confiabilidade da marca mas poderia ter alguns detalhes a mais e oferecer também conjunto híbrido para justificar o preço.
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