[Avaliação] Hyundai Creta Pulse Plus é equipado mas pede motor turbo
Apesar do bom nível de equipamentos e espaço interno de sobra, seu motor aspirado deve em desempenho
Autos Carros|Do R7
Lançado no final de 2016, o Hyundai Creta sempre teve boa aceitação do público no grande leque de opções dos SUVs compactos. Trazendo um visual moderno, que recebeu alterações na versão topo de linha Prestige, conseguiu emplacar no último ano 48.982 unidades, se tornando o carro mais vendido de sua categoria. Em 2019 a Hyundai já emplacou 29.556 unidades do Creta, somando os meses de janeiro a julho, o que o torna o terceiro carro mais vendido em seu segmento, atrás apenas do Jeep Renegade e muito próximo do Nissan Kicks, seus concorrentes diretos.
Conteúdo
O R7 testou a versão Pulse Plus 1.6 com transmissão automática, disponível no mercado por R$ 94.990 já na versão 2020.
Dado o sucesso do Creta, a Hyundai passou a oferecer a versão Pulse com mais itens de tecnologia sem abrir mão do motor 1.6 e do câmbio automático de seis marchas, mirando os novos consumidores que saem de um modelo hatch por exemplo a um utilitário esportivo.
No para-choque o carro conta contornos cromados nos faróis de neblina, há LEDs diurnos e o desenho sugere que o Creta seja maior do que é, com linha de cintura alta, como outros concorrentes e uma grade com dimensões bem generosas.
Na parte traseira há lanternas “Clear Type” bipartidas pela tampa do bagageiro. O porta-malas tem capacidade para 431 litros e o Creta é equipado com rodas diamantadas aro 17 e pneus 215/60.
Por dentro
Entrando no Creta a primeira surpresa está no bom espaço interno e apesar dos bancos serem de tecido há regulagem de altura e itens como volante com comandos de rádio e funcionalidades do carro, ar-condicionado digital, kit multimídia blueNav® de 7” com espelhamento para Android Auto e Apple CarPlay.
Ao dirigir o carro é perceptível que ele tem arrancada lenta bem como as retomadas. Isso acontece porque o Creta Pulse Plus é equipado com motor 1.6 Flex de 130cv quando abastecido com etanol e 123cv com gasolina, um motor limitado para um carro de 1.359kg.
No uso urbano o carro supre a necessidade do uso cotidiano, entregando suavidade em rotações baixas. Em nosso teste com o veículo, registramos um consumo médio de 7,3km/l abastecido com etanol. Talvez se a montadora apostasse no motor 1.0 turbo, que equipará o novo HB20, que será apresentado no próximo mês, o Creta retome a briga pela liderança. Contudo, usar motor 1.6 aspirado em um SUV não é exclusividade da Hyundai. Renault Captur e Duster trazem a mesma solução bem como o Peugeot 2008 e Citroën C4 Cactus e também Nissan Kicks com motores 1.6 aspirado.
O Creta Pulse Plus possui um isolamento acústico acima da média, assim como o pacote de equipamentos que inclui direção elétrica progressiva, seis airbags, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, Start/Stop, sensor crepuscular e sensor de chuva. A versão ainda conta com controle eletrônico de estabilidade (ESP), controle de tração (TCS), gerenciamento de estabilidade (VSM), assistente de partida em rampa (HAC), sinalização de frenagem de emergência (ESS), faróis de neblina, sensor de estacionamento traseiro, portas com acabamento em tecido e acabamento em couro nos apoios de braço das portas e central.
O Creta também se destaca pela boa posição de dirigir, alta como se espera de um SUV e confortável para enfrentar os buracos do dia a dia. Uma pequena ressalva é que a montadora poderia ter apostado, mesmo nas versões mais simples, em um ar-condicionado dual-zone, já que o carro é bem espaçoso por dentro. Hoje o modelo está disponível nas concessionárias a partir de R$ 69.990 com o mesmo motor 1.6 mas bem menos equipado.
O Creta Pulse Plus tem um pacote de opcionais completo, um bom espaço interno, mas o motor 1.6 é naturalmente limitado. Na lista de itens de série ele sempre agrada com boa relação custo benefício, tanto que o Hyundai está sempre entre os mais vendidos do segmento. Assim, é um bom concorrente dos SUVs equipados com motorização 1,6 litro aspirada como o Nissan Kicks, Peugeot 2008, Citroën C4 Cactus, Renault Duster e Captur e também fica perto do Jeep Renegade apesar do motor 1,8 litro do rival.
Quem sabe com a nova família de motores ele tenha opções turbinadas ainda mais competitivas e eficientes. Por hora tem o foco de agradar quem busca um SUV urbano com boa lista de equipamentos e que não faça questão de um motor potente. Neste caso a melhor ideia é migrar para as versões topo com motor 2,0 litros.
