[Avaliação] Kicks Exclusive traz (quase) tudo o que faltava

Na reestreia do Kicks a Nissan optou por continuar a oferecer o modelo com câmbio manual de cinco velocidades, algo em desuso devido à preferência do consumidor por modelos automáticos. Assim, o R7-Autos Carros avaliou o novo Nissan Kicks Exclusive, a versão mais equipada do Crossover vendida por R$ 118 mil.

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Novo visual agrada 

O novo Kicks recebeu melhorias que tornaram seu visual atualizado sem mudar a plataforma do veículo que já tem cinco anos de lançamento. Diante das versões mais baratas vale lembrar que visualmente o Kicks topo de linha é quase idêntico. A grade ampliada com o estilo em “V” ficou ampliada com os novos para-choques dianteiros e recebeu reforços no traseiro. Na traseira, a tampa lisa recebe uma barra de iluminação unindo as lanternas que conferem um estilo mais refinado ao modelo da Nissan. No entanto, a barra não traz luzes, somente um efeito decorativo, mas que agrada.

Por dentro, embora predomine o plástico preto inclusive rígido no painel, o encaixe dos itens é muito bom e combina parte da forração com couro costurado. Os bancos são revestidos em couro de duas cores com apoios laterais e espuma confortável, tecnologia que a Nissan chama de “zero gravity” (gravidade zero). Nesta versão o Kicks traz direção elétrica, ar-condicionado, computador de bordo e multimídia de sete polegadas mas vai muito além.

Em itens de conforto e segurança ganhou alerta de frenagem de emergência, alerta de mudança de faixa, alerta de ponto cego com iluminação do plástico localizado na parte interna do carro, apoio de braço (embora seja fino com plástico que fazia barulho no veículo testado) entre outros itens. Ficou faltando também um teto solar, algo que outros concorrentes oferecem.

Outro detalhe é a multimídia que ainda não tem conexão sem fio de smartphones e ofereça só um ponto de carga USB. A câmera de ré também poderia de resolução mais clara embora ele tenha uma composição de imagens (dianteira, retrovisores e ré) formando uma imagem 360°.

Motor 1.6 é eficiente sem empolgar

Embora seja o mesmo carro e o mesmo motor o Kicks teve inúmeros aprimoramentos na versão 2022. O motor 1.6 litro 16V flex com 114cv a 5.600 rpm tem torque máximo de 15,5 kgfm a 4.000 rpm, números abaixo dos concorrentes. Se por um lado tecnicamente ele não se destaque pela potência, por outro o Kicks é um carro leve, com apenas 1.104kg. Ao longo do nosso teste o Kicks cumpriu uma média de 10,4km/l com etanol em circuito misto, uma ótima média diante dos concorrentes, inclusive turbinados. A combinação do baixo peso torna o Kicks muito eficiente mas sem empolgar muito. Tudo tem seu preço.

Conforto a bordo

A suspensão segue do tipo independente na dianteira e com eixo de torção na traseira e ficou um pouco mais macia com um novo ponto de fixação da caixa de direção elétrica. Como resultado o Kicks segue muito agradável na linha 2022 com bom porta-malas de 432 litros, bancos confortáveis e portas amplas que facilitam o acesso.

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Diante do Kicks Sense CVT, versão mais em conta automática nivelada a R$ 100,9 mil, o preço de R$ 118 mil é uma distância que parece justa pela entrega de tecnologia e itens de conforto do modelo Exclusive. Fica devendo, porém, poucos itens como o teto solar é uma conexão sem fio de smartphone bem como uma multimídia com resolução melhor e tela maior. Mas aos cinco anos de vida é fato que o Kicks amadureceu mesmo sem o compromisso com desempenho, coisa que ele nunca teve, mas sim com a eficiência e baixo consumo de combustível.