[Avaliação] Mercedes EQC 400 aponta para o futuro da marca no mundo
Modelo vem equipado com dois motores elétricos posicionados um em cada eixo, que entregam 408 cv
Autos Carros|Marcos Camargo Jr. e Marcos Camargo Jr.
A Mercedes Benz mostra que a eletrificação total é o rumo da empresa para os próximos anos e o EQC 400 é a prova dessa afirmação. Há dois anos a gigante alemã responsável pela produção do primeiro automóvel do mundo disse que iria parar de desenvolver novos modelos a combustão. Assim, o crossover de luxo traduz para onde a marca da estrela aponta no futuro breve com todos os mimos e a tecnologia disponível nos dias de hoje.
O R7-Autos Carros avaliou o EQC 400 por cinco dias rodando no trânsito carregado das cidades e também ao longo de uma viagem. Baseado no GLC, o crossover tem pretensões esportivas no design fluído e atual com seus 4,76m de comprimento e bons 2,87m de entre-eixos. De porte elevado o EQC tem 500 litros de porta-malas e comporta passageiros altos com facilidade mesmo que tenha um incômodo túnel central elevado na porção traseira. Por dentro, o refinamento esperado da marca com a nova identidade visual das duas telas unidas sobre o painel e o sistema MBUX que responde aos comandos de voz.
Equipado de série
Ao acionar o botão de partida o EQC 400 é capaz de acelerar com muito vigor ou tranquilamente conforme a vontade do motorista. Os metais de toque frio, a identidade visual e vários comandos são bem simples especialmente para quem já é cliente da marca.
O crossover da Mercedes tem dois motores elétricos posicionados um em cada eixo somando 408cv, potência igual a um dos seus rivais, o Volvo XC40 Recharge, e com torque de 77,5kgfm e controlado por tração integral 4Matic que ignora por completo que o modelo alemão pesa 2,5 toneladas. Assim, o EQC acelera com muito vigor mantendo seu controle e ainda conta com mimos da assistência à condução semiautônoma. Ao rodar com o carro principalmente na cidade, se nota o ajuste dedicado à economia de energia onde ele usa o motor dianteiro. Em caso de necessidade usa o motor elétrico traseiro ou em situações de baixa aderência, curvas e situações dinâmicas mais exigentes.
A aceleração é brutal nos modos de condição dinâmicos e o 0-100 é de cinco segundos, digno de um carro esportivo e com números melhores que outro rival direto, o Audi e-Tron.
Controle de modos de condução que alteram principalmente a autonomia (a promessa é de uma autonomia de 370 a 417km) e o peso da direção, fazem do EQC um crossover moderno que traz ainda itens como navegador por GPS, câmeras 360 graus, painel virtual totalmente personalizável incluindo cores e motivos inspirados na natureza, teto solar (não é panorâmico) e itens esperados como faróis em LED, bancos dianteiros elétricos e saída de ar condicionado para o banco traseiro (mas sem ajustes).
Consumo e eficiência próximos do prometido
Ao longo de cinco dias, a autonomia ficou bem próxima dos 400km ao passo que na cidade ela cai consideravelmente se o motorista for muito afoito. Em uma viagem com 200km, transitando a média de 110km/h o consumo de energia rendeu ao carro cerca de 380km de autonomia.
Recarregamos o EQC 400 em um wallbox residencial, o que é feito em um período de 11 horas com 7,2kW por hora, uma vez que seu conjunto de baterias tem 80Kwh. O preço de R$ 629,9 mil é alto até mesmo diante dos concorrentes mas acompanha a inflação registrada em 2021 até agora, porém o dólar está até mais baixo do que quando o carro foi lançado por R$ 575 mil no ano passado. Vale lembrar que nesse preço o wallbox é instalado na residência do cliente e a Mercedes-Benz paga o consumo com a recarga do carro ao longo de um ano, o que é um diferencial diante da concorrência. Em temos de energia em alta, o EQC mostra que a Mercedes está bem preparada para o futuro que já chegou.
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