[Avaliação] Nissan Frontier Attack: bruta na essência
Picape fabricada na Argentina tem preços a partir de R$ 155.590
Autos Carros|Do R7
Dirigir um carro alto e enxergar o trânsito de cima é um desejo comum entre os brasileiros, não à toa a procura por picapes leves e SUVs, que tem custo mais acessível, cresceram consideravelmente nos últimos anos. Mas aqui a conversa é outra, estamos falando de picapes médias, para sermos mais específicos da Nissan Frontier Attack, um carro que aguenta a vida agitada da cidade, mas pede solo off-road para suas características mecânicas.
Mirando seus principais concorrentes como Ford Ranger, Toyota Hilux, Mitsubishi L200 Triton, Chevrolet S10 e Volkswagen Amarok o utilitário da Nissan está disponível por aqui em quatro versões: S MT 4x4 (R$137.550), Attack AT 4x4 (R$155.590), XE AT 4x4 (R$ 174.380), LE AT 4x4 (194.790).
O R7 levou para as ruas a picape média da Nissan que é fabricada em Córdoba na Argentina. A Frontier Attack recebeu alterações importantes em relação ao modelo anterior, exemplo disso são os freios, suspensão e central multimídia.
Visual
O cartão de visitas do carro é agradável com visual foi pensado para sugerir esportividade para a Frontier, por isso, os adesivos pretos no capô, barra inferior dianteira, rack no teto, faróis com máscara negra, santantônio e grade escurecidos, além dos estribos que facilitam a vida dos passageiros para entrar na cabine, fazem parte do pacote. Ao mesmo tempo, usa rodas de liga leve também com visual escurecido aro 16" com pneus mistos.
Direção “bruta”
Guiar um carro desse porte não é simples em uma cidade como São Paulo, onde o trânsito e as vagas estão cada vez mais concorridos. Mas a Frontier Attack é dócil mesmo usando direção hidráulica um pouco mais pesada graças ao tamanho dos pneus. O comportamento da picape é bem dinâmico o que na maior parte das vezes faz o motorista esquecer que está guiando um carro de mais de 2 toneladas graças ao bom torque em baixa rotação.
O motor 2.3l biturbo de 190 cv é um dos pontos altos do carro. Ele entrega a força ideal para a picape rodar em ampla faixa de rotações e não é necessário dar um quick-down no pedal do acelerador para sentir os 45,9kgfm de torque. Outro ponto positivo da Frontier Attack é a ausência dos coices nas trocas de marcha e isso se deve ao câmbio automático de sete marchas que traz mudanças precisas, ágeis e suaves na maior parte do tempo.
Ao longo de uma semana rodamos em cidade e estrada com a pick-up incluindo uma pequena viagem de 170km. Com média em torno de 13,4km/l na cidade e 16km/l sempre com diesel S-10, o modelo se mostrou ser econômico, com boa relação entre peso/potência. O ponto negativo fica por conta da suspensão que ainda pula muito em buracos, mesmo com a suspensão multilink.
Equipamentos
A Nissan Frontier Attack apresenta um conforto acima da média, em relação ao seus concorrentes, mas o nível de equipamentos ainda pede melhorias, mesmo o carro trazendo controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas e o controle de descida, o carro ainda peca em itens de entretenimento hoje tão desejados mesmo por quem compra uma pick-up com habilidades off road.
Para essa versão o carro ganhou a central multimídia A-IVI de 8” com espelhamento de Android Auto e Apple CarPlay, a câmera de ré, que também não tinha no modelo anterior, mas o cluster ainda é antigo com mostradores analógicos.
A Frontier Attack oferece pouco além do trivial ar-condicionado com saídas traseiras, direção hidráulica, trio elétrico, volante multifuncional com ajuste de altura e computador de bordo. Itens como chave presencial, retrovisores rebatíveis e seis airbags estão disponíveis na versão XE.
Conclusão
A lista de equipamentos da linha Frontier se assemelha a de seus concorrentes, o que torna pouco compreensível que a Frontier venda pouco. De janeiro a setembro a Nissan emplacou 5.993 unidades da Frontier, um número baixo comparado com as 30.138 unidades da líder Toyota Hilux.
A Nissan Frontier é digna de entrar nas pesquisas de picapes médias. Com bom custo-benefício, bom valor de revenda e cinco anos de garantia a picape tem versões bem competitivas em preço e conjunto mecânico digno de sua classe.
*Com a colaboração de Guilherme Magna
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