[Avaliação] Nissan Kicks Sense 2022 devolve a alegria do câmbio manual
Avaliamos o modelo de entrada do Crossover que tem câmbio de cinco marchas e que custa R$ 92,9 mil após recente aumento
Autos Carros|Marcos Camargo Jr. e Marcos Camargo Jr.
Na reestreia do Kicks a Nissan optou por continuar a oferecer o modelo com câmbio manual de cinco velocidades, algo em desuso devido à preferência do consumidor por modelos automáticos. Assim, o R7-Autos Carros avaliou o novo Nissan Kicks Sense, a
versão mais barata do Crossover já vendida por R$ 92,9 mil, após um aumento recente de preços (custava R$ 90,3 mil).
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Visual causa boa impressão
Diante das versões mais caras vale lembrar que visualmente o Kicks “barato” é idêntico o que é uma boa notícia. A grade ampliada com o estilo em “V” ficou reforçada com os novos para-choques dianteiros e recebeu reforços no traseiro embora de note a diferença de pintura sobre o plástico e na carroceria. O ponto alto do desenho é a barra de iluminação traseira que confere um estilo mais refinado ao modelo da Nissan.
Vale lembrar que o Kicks causa ótima impressso do acabamento geral mesmo na versão Sense. Por dentro, embora predomine o plástico preto inclusive rígido no painel, o encaixe dos itens é bom. Os bancos são revestidos em tecido com apoios laterais e espuma confortável, tecnologia que a Nissan chama de “zero gravity” (gravidade zero). Nesta versão o Kicks traz direção elétrica, ar condicionado, computador de bordo e multimídia de sete polegadas. Fica devendo apoio de braço central, mais um ponto de USB trazendo apenas um ponto de carga na parte inferior da multimídia que deixa o cabo pendente durante a recarga.
Dinâmica aprimorada
Embora seja o mesmo carro e o mesmo motor o Kicks teve inúmeros aprimoramentos na versão 2022. A motorização segue igual: motor 1.6 litro 16V flex com 114cv a 5.600 rpm e torque máximo de 15,5 kgfm a 4.000 rpm. Se por um lado tecnicamente ele não se destaque pela potência, por outro o Kicks é um carro leve, com apenas 1.104kg. Ao longo do nosso teste o Kicks cumpriu uma média de 10,4km/l com etanol em circuito misto, uma ótima média diante dos concorrentes, inclusive turbinados.
A suspensão é do tipo independente na dianteira e com eixo de torção na traseira e ficou um pouco mais macia com um novo ponto de fixação da caixa de direção. Ainda assim poderia ter batentes hidráulicos de amortecedor para deixá-lo mais macio especialmente nas vias tão esburacadas das nossas cidades.
Outra boa surpresa fica por conta do bom escalonamento do câmbio manual. Os engates são preciso e macios e a embreagem tem o peso correto, tudo para tirar o máximo de um motor com 114cv. Apenas em trechos de estrada faz falta uma sexta marcha o que ajudaria a reduzir ainda mais o consumo do carro.
Com ergonomia boa, visibilidade ampliada pro grande pára-brisa e espaço interno suficiente também se destacam as portas amplas do Kicks, o porta malas de 432 litros e o rebatimento dos bancos que permite acesso ao compartimento, tornam o Kicks uma boa opção familiar.
Mas vale a consideração: por R$ 92,9 mil o caminho para um modelo automático é curto. A versão Sense CVT custa R$ 100,9 mil, e a maioria do público vai optar pelo conforto do câmbio automático. Mas para quem gosta do câmbio manual irá tirar o máximo do motor do Kicks e das evoluções do carro como um todo.
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