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[Avaliação] Novo HB20 1.0 surpreende pelo desempenho do motor turbo

Hatch acelera como gente grande, gasta pouco e vem bem equipado apesar de caro: design segue como mais polêmico do segmento 

Autos Carros|Marcos Camargo Jr

A profunda reestilização do Hyundai HB20 trouxe consigo uma nova opção de motor e um design polêmico. O R7 Autos Carros acompanhou o lançamento e o primeiro contato com a versão hatch mas nada como dirigir o carro por uma semana para provar seu comportamento. 

Mais aerodinâmico, com dianteira baixa, nova identidade visual, 3cm a mais de entre-eixos e alto nível de equipamentos, é fácil concluir que a Hyundai quer acelerar as vendas do HB20. Assim, avaliamos a versão Diamond equipada com o motor 1.0 GDI turbo de três cilindros com 120cv e 17,8kgfm de torque alimentado por injeção direta. 

Ao volante o motor turbo surpreende. Repete a boa performance de concorrentes como o Volkswagen Up! TSi e o Chevrolet Onix que acordam logo às 1500rpm e se mantém "aceso" até 3.500rpm. O câmbio automático de seis marchas com direito a shift paddles também se mostra eficiente nas reduções e avanços de velocidade. O ruído se faz notar notar mais que os concorrentes, porém. Na cidade ele vence qualquer aclive facilmente e na estrada tem uma tocada boa se comparado com qualquer outro do segmento. O turbo lag é mínimo deixando o HB20 à vontade na estrada com consumo médio de 13km/litro enquanto na cidade cravou 10km sempre com gasolina.

A suspensão também evoluiu com mais conforto e precisão. Quem viaja atrás tem um mínimo espaço extra (3cm a mais nos 2,53m de entre-eixos) e não reclama tanto do eixo de torção que antes tornava qualquer deslocamento cansativo. Ainda assim ele não é referência em espaço nem em porta-malas de parcos 300 litros.


Por dentro a mudança de design parece bem sucedida longe do visual genérico do HB20 antigo. Há opção de interior marrom, os comandos são mais ergonômicos e de boa qualidade. O volante com revestimento em couro tem qualidade e o detalhe da costura azul, que também está presente no painel, tem seu requinte. O cluster tem conta-giros analógico e o restante traz elementos digitais de bom contraste mesmo em dias de sol. Ele tem controle de cruzeiro, alerta de saída de faixa e frenagem automática de emergência que funcionam bem mas podem ser desligados por botões à esquerda do volante. 

Na versão Diamon há quatro air bags, sistema de monitoramento de pressão nos pneus e volante revestido de couro como diferenciais. Ele tem luzes diurnas mas deixa de usar LED nos farois que adotam conjunto halógeno. A multimídia flutuante entende rapidamente a conexão com smartphones e o som tem clareza e qualidade.


A versão avaliada custa R$ 77,9 mil, uma distância de R$ 31 mil do modelo de entrada com a mesma carroceria mas que usa motor 1.0 aspirado. Assim, mesmo caro, o HB20 Diamond 1.0 turbo traz desempenho interessante para sua classe, uma boa preocupação com a tecnologia e nível de equipamentos. Só poderia ser mais em conta que seus rivais o que o deixaria mais confortável para se manter entre os carros mais vendidos do país.

Concorrentes: O HB20 1.0 turbo na versão Diamond traz equipamentos comparáveis ao seu maior rival, o Chevrolet Onix (R$ 74 mil na versão topo) que também tem motor 1.0 turbo. O conjunto mecânico do carro avaliado parece sensivelmente mais rápido que o GM colocando os dois compactos em um patamar ligeiramente acima dos concorrentes. Nessa lista de compactos equipados com motor automático entra o Volkswagen Polo Highline com motor 1.0 TSi (R$ 75 mil), Ford Ka 1.5 Titanium (R$ 68,9 mil), Renault Sandero 1.6 Intense (R$ 65,5 mil) e Fiat Argo HGT AT6 (R$ 69,9 mil).

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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