Na hora de comprar um carro usado, o processo envolve uma longa pesquisa, definição de orçamento e também a avaliação do carro ao vivo. E com tantas ofertas muitos consumidores têm dúvida a respeito da procedência do veículo usado em questão. Hoje em dia há muitos canais para compras supostamente vantajosas em virtude do preço mais baixo que o das lojas e concessionárias. Mas esses canais geram dúvida a respeito da procedência dos veículos de leilão, recuperados e até mesmo, fenômeno mais recente, os carros de “venda direta”.Quais são as diferenças, vantagens e desvantagens desses três tipos de canais de venda de veículos usados? Atraídos por preços vantajosos, os clientes que buscam carro de leilão irão se deparar com três perfis distintos: os que são fruto de roubo e furto, os recuperados de financiamento ou de frotas de empresas. O carro de leilão por um custo bem inferior ao estipulado pela tabela Fipe. É um anunciado em um site e tem seu próprio edital onde há os detalhes sobre aquele veículo. Os interessados irão fazer seus “lances” e o vencedor paga o preço final. Os custos (estarão detalhados no edital) e poderá levar o veículo para casa. Em geral, os carros de leilão não podem ser vistoriados previamente, então se recomenda que o comprador vencedor tenha o mínimo de conhecimento sobre o assunto. Vale lembrar que embora custe menos, um carro de leilão sempre valerá menos na hora de revender. Hoje o valor pode ser até 30% inferior ao da tabela Fipe. Embora exista carros que são vendidos após uma colisão, também existem aqueles que são recuperados de financiamento e não têm nenhum tipo de dano, ou ainda que foram roubados e posteriormente recuperados. Algumas empresas também vendem suas frotas em leilões. Mas o leilão sempre irá constar no histórico do carro, o que irá resultar em menor preço final. Os carros com histórico de recuperação geralmente sofreram algum tipo de colisão no passado. Alguns são vendidos em leilões, mas nem todos. Podem ter sido simplesmente reparados e oferecidos em lojas ou mesmo por particulares. A questão é o tipo de impacto que o veículo sofreu no passado. Pode ter sido uma colisão mais simples, o que é chamado de “pequena monta”, média monta ou mesmo uma colisão complexa que quase pode ter levado a uma perda total. Para comprar esse tipo de veículo é preciso fazer um laudo bem detalhado. Esse documento é feito por um perito devidamente habilitado a respeito do Estado do carro com detalhes: itens que funcionam, vida útil dos itens que restaram após a colisão, a estrutura do veículo, o que foi consertado e qual a qualidade das peças empregadas naquele veículo. Assim como os carros de leilão, os veículos recuperados também têm um valor bem inferior ao da tabela Fipe. Isso vale para a compra e também vale para a venda. Boa parte dos veículos novos vendidos no Brasil são oriundos de vendas diretas. São carros vendidos para grandes empresas, locadoras, veículos também faturados para um CNPJ, pessoas com deficiência (PcD), taxistas, produtores rurais, diplomatas e outros grupos específicos. A princípio não há nenhum tipo de restrição ao comprar um veículo que tenha a anotação de “venda direta”. O que o consumidor precisa ficar atento é a respeito das condições de transferência desse veículo. Vale a pena consultar um despachante e também fazer uma pesquisa em base de dados se aquele veículo em questão pode ser transferido de imediato. Em alguns casos, no caso das vendas para grandes locadores e empresa de frota, geralmente são veículos de alta quilometragem, o que pode comprometer a vida útil do carro no futuro de curto e médio prazo. Esses veículos que passaram por locadores são desvalorizados no mercado, mas não chegam ao índice de perda dos veículos com anotação de leilão. Em resumo, boas ofertas podem se transformar em dor de cabeça caso o consumidor não tenha as informações específicas sobre aquele veículo. Um bom desconto na compra também pode ser significado de perda ao longo prazo quando aquele veículo for revendido. Ciente dessas informações, antes de fazer a compra de um carro usado é recomendado fazer o chamado laudo cautelar ou uma avaliação completa feita por um perito. ✅Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp