Chevrolet Equinox: teste completo da versão Premier 2023
Versão mais cara com tração integral tem 172cv mas cobra caro por isso apesar do bom desempenho e itens de série
Autos Carros|Marcos Camargo Jr e Marcos Camargo Jr.
A Chevrolet renovou o Equinox em maio de 2022 atualizando principalmente o visual do seu crossover médio. Sem dúvida a Premier, com tração integral (AWD), é a melhor do Equinox que foi devagar mas vendas ao longo do ano passado com apenas 1.700 unidades vendidas. O R7-Autos Carros testou a versão mais completa do SUV médio.
A renovação visual alinhou o Equinox a outros produtos, sobretudo os modelos maiores não vendidos por aqui como o Traverse e a Suburban. Os faróis mais afilados, a grade destacada e o desenho fluido ainda são atuais com estilo conservador. E há espaço de sobra.
O Equinox mede 4,65m de comprimento, 2,72m de entre-eixos, 1,69m de altura e 1,84m de largura. É maior que boa parte dos concorrentes como o Jeep Compass e Toyota Corolla Cross, para citar os mais vendidos. O porta-malas é generoso com 468 litros.
Se nas dimensões ele é generoso o último ponto de elogio neste quesito está no espaço no banco traseiro. Sem túnel central, o Equinox comporta cinco pessoas e muita bagagem. Há apoios de braço, teto solar panorâmico e acabamento de boa qualidade na parte interna.
Embora bem equipado com alertas de frenagem, detecção de veículos ou pedestres, o Equinox não traz condução semiautônoma, algo que é quase item de série neste segmento. Mas a multimídia compensa; o sistema MyLink de 8 polegadas tem boa resolução, conexão sem fio para Apple CarPlay e Android, câmera de ré com sensor e alta resolução. Mas mostra sinais da idade com discretos alertas de ponto cego.
O acabamento de fato é muito bom mas nada “moderno”. Há molduras cromadas nas saídas de ar e estilo fluido nas linhas, algo de pouca autenticidade. Apesar disso o motor brilha sendo o ponto alto do Equinox.
Trata-se do 1.5 turbo Ecotec de 172cv e 27,8kgfm de torque associado ao câmbio automático de seis velocidades. Com relação peso potência de 9,7kg/cv, o crossover da GM acelera rapidamente e mantém bom conforto a bordo com mínimo ruído. Embora não seja flex, trouxe consumo adequado; 9km/l na cidade e 11km/l na estrada. Nessa versão traz Faróis em LED, sistema de som premium, teto solar panorâmico, assistente de descida, tampa do porta-malas com acionamento elétrico, carregador de celular por indução e internet wi-fi grátis pelo período de um ano.
O Equinox deveria vender muito mais porém escorrega no preço, em torno de R$ 250 mil. Trata-se do mais caro do segmento. O Jeep Compass que traz itens de condução autonoma custa R$ 228 mil na versão mais equipada. Já o Corolla Cross híbrido, mesmo sem tantos itens de série traz mecânica híbrida e bom consumo por R$ 210 mil.
Para citar, Volkswagen Taos e Tiggo 7X tem versões mais caras por R$ 200 mil. Até mesmo o Ford Bronco com seus 250cv custa um pouco mais que o Equinox e é único da lista com tração integral por R$ 260 mil. Uma pena que o Chevrolet Equinox não repita os bons números do Tracker e parece mesmo estar na linha da GM por posicionamento de marca e não para ser o mais vendido.
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