Civic híbrido é melhor que antiga versao Touring: veja o teste completo
Sedã marca 22km/l e acelera mais rápido que antigo modelo topo de linha
Depois do fim do Civic nacional a Honda parece não ter dado tanta atenção a um produto muito forte. Para abrir espaço para o novo Honda City sedã, o Civic hybrid de nova geração passou a vir importado da Tailândia. No entanto, merece a atenção de quem busca performance com economia combinados apesar do seu visual externo tão discreto. O Honda Civic e:HEV passou pelo teste do R7-Autos Carros de uma semana e mostra suas qualidades.
O sedã trouxe a tecnologia híbrida que estreou por aqui no Accord e promete consumo de 18,3km/l na cidade e 15,9km/l na estrada segundo o Inmetro. Ao longo do nosso teste, porém, mesclando circuito urbano e rodoviário a nossa média ficou em bons 22km/l. Com sua característica estabilidade e conforto, o sedã médio tem visual externo bem mais conservador.
A dianteira avançada, mais “bicuda”, traz ampla grade enquanto o farol guarda semelhança com o antigo modelo nesta 11ª geração. Ainda na dianteira o logotipo da Honda tem moldura azul, o que remete à propulsão eletrificada. A área envidraçada está mais ampla e na lateral há uma marcada linha de cintura mais alta além de um friso cromado que termina mais largo na coluna C. A traseira também é mais conservadora com lanternas amplas e desenho da tampa do porta malas (feito em uma resina especial) traz um bico que remete a um aerofólio. Mas é ao volante que o Civic híbrido irá conquistar o motorista em busca de desempenho e esportividade.
Parece bem maior
O Civic parece um pouco maior e mais largo graças ao design que a Honda chama de “Low & Wide” (baixo e largo) bem inspirada no Accord. A distância entre-eixos cresceu 35mm (agora com 2,73m enquanto a geração anterior tinha 2,70m), as bitolas estão mais largas e agora o sedã mede 4,67m de comprimento (antes eram 4,64m), 1,43m de altura (igual à geração antiga) e 1,80m de largura (1cm maior). Vale notar que a nova geração está 164kg mais pesada somando 1449kg e o porta malas de 495kg perdeu 30 litros de capacidade.
Conforto a bordo
O Civic também conta com um design interno mais conservador porém com traços de esportividade. Do Accord vieram as treliças para as saídas de ar. Há novo cluster que é digital de 10 polegadas, novo volante e multimídia de 9 polegadas agora com espelhamento para Apple CarPlay e Android Auto sem fio e com controle e monitoramento de uso de potência do motor híbrido e os gráficos são bem “familiares” com elementos coloridos e ícones já empregados em toda a linha de produtos da Honda incluindo o City.
Bem equipado o Civic híbrido traz sistema Honda Sensing com controle de cruzeiro adaptativo, assistente de permanência em faixa, detecção de carros e pedestres por câmera, farol automático (em LED para todo o sistema de iluminação do carro) entre outros recursos.
Motor híbrido puro
A grande novidade no Civic está na motorização com o sistema e:HEV que é um híbrido puro. O motor 2.0 quatro cilindros de ciclo Atkinson a gasolina aspirado desenvolve 143cv e 19kgfm de torque combinado com dois motores elétricos elétricos (somando 184 cv e 32,1 kgfm) alimentado por baterias de íons de lítio com 72 células sob o assento traseiro mas “só” 1,05 kWh. A transmissão “e-CVT” atua como um controle elétrico simulando a troca de marchas no sedã. Assim, o novo Civic soma 184cv e 32kgfm de torque prometendo consumo de 15,9km/l na estrada e 18,3km/l na cidade segundo o Inmetro.
No entanto, a rodagem no teste do Inmetro considera um tipo de uso mais rodoviário que é a condição mais comum fora das grandes cidades. Ao longo do nosso teste o consumo do Civic híbrido considerando mais de 400km rodados sendo 20% em rodovias chegou a 22km/l, bem superior por exemplo ao Toyota Corolla híbrido que usa um motor com o mesmo conceito.
Com 184cv e 32kgfm de torque, o novo Civic acelera de forma vigorosa e rápida somando os dois motores com desempenho notadamente superior ao do antigo Civic 1.5 turbo na versão Touring. Também teve ganhos dinâmicos de estabilidade, com a traseira mais larga e com a percepção de um carro mais esportivo e próximo do chão. Também é destaque a coluna A, que está bem mais afilada, permitindo melhor visibilidade do carro. O acabamento agrada mas mantém o nível esperado da Honda com certa simplicidade mas montagem de boa qualidade. Também se destacam os gráficos melhores e uso mais fácil da multimídia ainda que fique devendo uma câmera boa como assistência.
Durante um teste de instrumentação bem simples, o Civic híbrido acelerou e 0-100km/h em 6,9s, bem mais rápido que o antigo Touring para efeito de comparação. Uma curiosidade é que mesmo com o motor elétrico funcionando sozinho há uma simulação e troca de marchas, algo que trazer o efeito de um carro a combustão pois de fato o que traciona o carro são os motores elétricos.
O Civic 11 estreou por R$ 244,9 mil e mais de um ano e meio depois já custa R$ 265,9 mil. É bem salgado para um carro médio mas ele se destaca e muito de concorrentes como o BYD King (a partir e R$ 175,8 mil) e Toyota Corolla híbrido (que é líder de segmento disparado e custa a partir de R$ 190 mil).
Por que o Civic DESPENCOU nas vendas? Foi de propósito? Review do CIVIC híbrido e:HEV. VEJA O VÍDEO!
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.