Apesar de 65% dos carros vendidos hoje no Brasil terem um câmbio automático, sabemos que os modelos de entrada e a grande parte dos carros que circula na frota do país são equipados com câmbio manual.Nesse tipo de transmissão é preciso acionar o pedal de embreagem para engatar a próxima marcha e a soltar gradativamente enquanto se acelera o veículo. Esse ato contínuo tem alguns “segredos” que podem fazer a embreagem durar mais ou menos tempo. Em geral, uma embreagem dura entre 60 e 100 mil quilômetros, mas pode durar muito mais tempo conforme o tipo de uso.Não deixe o pé apoiado no pedal. Os instrutores de direção são unânimes em afirmar que esse é o erro mais comum. Com isso o motorista provoca um desgaste acentuado do conjunto da embreagem que perde eficácia além de aquecer o sistema, o que pode abreviar e muito a vida útil do câmbio. Ao trocar a marcha, retire o pé da embreagem, ainda que ali adiante seja necessário subir uma ou descer outra marcha.Evite trocas rápidas de marcha. Pode levar ao desgaste prematuro da embreagem. Ao engatar muito rápido não se obedece à sincronia do sistema mecânico, o que também desgasta a embreagem de forma prematura.Não use a embreagem como freio. Esse é um erro comum: em uma via inclinada o motorista segura a embreagem no ponto controlando o movimento do veículo. Isso causa desgaste elevado na embreagem.Não saia em segunda marcha. Há um desgaste maior quando o motorista já aciona a segunda marcha esperando uma saída mais “suave” com o veículo. É importante sair sempre em primeira marcha e acionar a embreagem no tempo correto para evoluir com a velocidade do veículo.Não deixe o carro engatado quando estiver parado. Ao estacionar, use somente o freio de estacionamento com o câmbio em ponto morto. Deixar a embreagem acionada também causa desgastes excessivos no sistema. Se o motorista detectar falha no freio de estacionamento leve a um mecânico de confiança, mas não deixe o veículo engatado por um longo período.