Como funcionam os dispositivos que servem para roubar um carro em segundos

Um estudo recente divulgado pela seguradora Admiral, no Reino Unido, mostra que os roubos e furtos baseados em sistemas de chave presencial cresceram muito na Europa. Mas como funcionam estes sistemas?

Hoje em dia os roubos de carros estão baseados cada vez mais na tecnologia. Antes, os ladrões utilizavam uma chave e conseguiam arrombar o veículo, bem como fazer a chamada ligação direta com um curto-circuito para acionar a partida e ir embora com o veículo.

Depois de algum tempo, as fabricantes passaram a incluir chaves codificadas que dificultavam a ação dos bandidos. O tempo passou e eles passaram a desenvolver sistemas de matrizes para produzir chaves em diversas combinações.

Agora a nova moda é desenvolver sistemas mais complexos que conseguem invadir literalmente a comunicação de um carro com a chave para acioná-lo em uma garagem ou na rua.

Esses sistemas são vendidos na deep web e podem hackear chaves que são rastreadas por sistemas que estão em notebooks e celulares de ladrões. A Admiral chamou a atenção para a venda destes dispositivos por até 20 mil euros na internet.

Como o sistema, a partir de uma curta distância, o ladrão consegue invadir o sistema da chave presencial e conectá-la ao veículo com uma nova combinação. Assim, ele tem acesso ao automóvel em poucos minutos e poderá ligá-lo sem acionamento de alarme ou mesmo desconectado do rastreador.

A Tatcham Research, uma organização sem fins lucrativos que trabalha com inteligência de dados, já emitiu um alerta sobre a comercialização desse tipo de produto, ainda que seja na deep web. Na França cerca de 415 carros são roubados por dia e na Itália cerca de 370.

No Brasil, cerca de 1530 veículos são roubados por dia, considerando uma frota do mesmo tamanho da francesa, por exemplo. Mas por aqui esse tipo de crime ainda é mais raro. Uma reportagem do Fala Brasil já destacou que esse tipo de crime já tem sido visto pelas autoridades no Brasil.

Hoje, veículos mais caros é que são equipados com o sistema de partida sem chave e esta brecha já foi descoberta por bandidos. Porém, à medida que a tecnologia se populariza, a tendência é que esse tipo de crime também seja cada vez mais visto por aqui.

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