Ford Ranger XL: testamos a versão básica com câmbio manual e tração 4X4
Picape de R$ 260 mil surpreende pelo conjunto apesar da simplicidade

O universo das picapes de trabalho geralmente está restrito às versões de cabine simples e modelos com uma lista bem reduzida de itens de série. É o caso de uma Chevrolet S10 ou mesmo Toyota Hilux, mas não da Ford Ranger XL 2025.
O R7-Autos Carros testou a versão mais despojada da picape argentina que tem motor mais fraco e tração 4x4, além de boas surpresas.
Visual despojado
A picape da Ford segue a fórmula mínima de itens de série e não disfarça. Na dianteira, o para-choque e a grade em preto fosco dão tom despojado. Os faróis mantêm o mesmo formato das demais configurações, mas utilizam lâmpadas halógenas e não há luzes auxiliares.

Nas laterais, retrovisores, maçanetas e molduras das caixas de roda também não recebem pintura e são plásticos. As colunas centrais das portas não trazem apliques escurecidos, e as rodas são de aço estampado, em um conjunto mais simples sem rodas de liga. Na traseira, o para-choque segue o acabamento em preto, e as lanternas, mais básicas, também utilizam iluminação halógena.
Por dentro há surpresas
Por dentro, a Ranger XL oferece um pacote de série interessante para a categoria. Qualquer concorrente terá painel analógico e um “buraco” na parte central. Não no caso da Ranger.
A versão XL já tem painel de instrumentos digital de 8 polegadas e central multimídia vertical de 10 polegadas, compatível com Apple CarPlay e Android Auto sem fio.
O modelo ainda traz sete airbags, controles de estabilidade e tração, ar-condicionado digital, piloto automático com limitador de velocidade, acendimento automático dos faróis e volante multifuncional com ajuste de altura e profundidade.

A alavanca do câmbio manual destoa do conjunto e o freio é manual nesta versão. Claro ele já limitação. Não há sensor nem câmera de ré nesta versão, o que faz falta, mas pode ser resolvido facilmente em uma loja de acessórios.

São itens de série como vidros, travas e retrovisores elétricos, assistente de partida em rampas, assistente de descida, controle de balanço de reboque e diferencial traseiro blocante. Afinal é uma 4x4 autêntica.

Na caçamba não há luzes, capota ou qualquer detalhe. O compartimento serve mesmo para encher de carga e a tampa também não tem amortecedor. Apenas trava na chave.

A mecânica é a mesma da Ranger XLS 2.0 e também da Ranger Black. Sem o brilho do motor V6 temos aqui o 2.0 turbodiesel de quatro cilindros, que entrega 170 cv de potência a 3.500 rpm e 41,3 kgfm de torque a 1.750 rpm. O câmbio é sempre manual de seis marchas, com opções de tração 4x2 ou 4x4 com reduzida.

Teste com a Ranger XL
É importante dizer que mesmo não tendo o motor mais potente nesta nova geração da ranger, a versão XL surpreende pelo nível de resposta do motor 2 litros que é suave e eficiente.
As trocas de marchas são precisas e bem agradáveis e a sexta posição do câmbio faz muita diferença na estrada, onde o giro do motor e o esforço são reduzidos e a economia aumenta ainda mais.

É uma boa surpresa oferecer multimídia vertical e som de boa qualidade para uma picape de entrada. Ao fiel cabo, essa versão não foi feita para consumidores comuns e sim para quem tem um pequeno negócio ou usará a picape na lida diária de uma fazenda. Os pneus são lisos de asfalto e neste caso terão que ser trocados por um conjunto mais adaptado ao fora de estrada.

O preço era de R$ 239.000 no lançamento, porém já ficou para trás. Essa versão tem preço de tabela de R$ 262.000 em 2025, o que é um aumento bem substancial. No entanto, nenhuma concorrente será tão equipada e tão interessante com tração integral e câmbio manual como a Ranger.

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