Honda Africa Twin 1100: rodamos 700 km com a Big trail
Motocicleta ganhou fôlego e leveza para viajar e foi isso que fizemos com a maior moto da Honda
Autos Carros|Marcos Camargo Jr. e Marcos Camargo Jr.
A atual geração da Honda Africa Twin ganhou importantes mudanças: motor mais potente, tecnologias para aproveitar melhor a motocicleta na estrada (e fora dela) além de um visual mais atrativo. O R7-Autos Carros rodou 700km com a Big trail na versão equipada com câmbio DCT.
Na cidade, o porte elevado e os 225 kg da Africa intimidam os modelos menores e atrai atenção dos outros motociclistas. E até que não é difícil pilotar a trail em meio ao trânsito pesado de São Paulo. Mas nas saídas do semáforo é preciso dosar o acelerador eletrônico. Ela literalmente “pula” na frente de todo mundo.
O motor bicilíndrico de 1084 cm3 agora rende 99,3 cc a 7500rpm, dando muito fôlego para a moto que também ganhou um pouco mais de torque: 10,5kgfm a 6.000rpm. Com a adoção do câmbio DCT, se nota facilmente as evoluções e recuos de marcha conforme a demanda, diferente das motos automáticas que geralmente são scooters com transmissão CVT.
Boa notícia para os baixinhos a atual geração da Africa têm o assento a 87 cm do solo permitindo que pilotos com até 1,70 m consigam pilotar a Big trail sem receios. Na parte superior a Africa Twin parece até mais leve facilitando manobras especialmente na cidade.
Mas basta atingir o trecho rodoviário para sentir do que essa motocicleta é capaz. Com quase 100 cv o motor ronca alto e chega a 120 km/h, velocidade máxima de algumas rodovias, girando pouco para maior conforto do piloto. Mas é preciso atenção ao painel de 6,5 polegadas que permite inúmeros controles: a trail japonesa supera rapidamente os limites de velocidade da via e requer cuidado.
Uma das funcionalidades é poder espelhar o sistema de mapas no painel da moto facilitando as viagens. Na moto testada, um compartimento preso ao tanque por travas permite levar o documento, carteira e também o celular o que é uma praticidade. No modelo testado não há itens especialmente feitos para viajar longe disponíveis na Adventure Sports: LEDs direcionais, para-brisa mais alto e protetores dão o tom para a motocicleta aventureira. Mas na prática nada disso faz falta.
Para viajar usamos o modo “tour” na estrada. Com controle de tração e acerto de pré carga da suspensão é possível ajustar o melhor nível ao gosto do piloto. No fim do primeiro trecho de 300km testamos a moto em uma estrada de terra onde ela se mantém estável e segura com controle de tração com auxílio dos freios ABS. Isso permite que pilotos menos experientes consigam andar com a Africa sem sustos. Mas também é possível desligá-los para uma experiência “raiz” de condução.
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Na medição de consumo andando rápido a Africa Twin marcou 15,5 km/l enquanto em velocidade de cruzeiro a até 120 km/h ela chega a uma média melhor: 17 km/l. Com 18,8 litros de tanque é possível chegar a uma autonomia segura de 300 km. A Africa Twin custa a partir de R$ 76,8 mil. Ao longo de 700km, a Big trail mostra o quanto evoluiu para atender uma proposta mista com mais conforto e tecnologia.
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